A Expo Alagoinhas 2019, que acontece entre os dias 30 de outubro e 4 de novembro, se caracteriza como uma feira do agronegócio e de diversão para toda a região. O secretário de Agricultura do município, Geraldo Almeida, divulgou, no programa Primeira Mão, jornalistico matinal transmitido em cadeia pela rádio Ouro Negro 100,5 FM e rádio web 2 de julho, o mix de produtos e serviços oferecidos, bem como os atrativos para as crianças, com parque de diversão e passeio em pôneis e mini touros, shows com bandas locais e uma grande variedade gastronômica e de artesanatos.
Esse ano, mesmo com a ausência dos bovinos da raça Girolando, o brilho do evento não será menor, garantiu o secretário. A não participação desses produtores, que tradicionalmente fizeram dessa uma das maiores feiras de gado do Estado, é muito lamentada e espera-se que eles retornem na próxima edição, como deixou claro Geraldo Almeida em entrevista anterior ao programa. Haroldo Azi, âncora do Primeira Mão, questionou como será compensada essa lacuna. Almeida esclareceu que o episódio fez com que o evento fosse percebido dentro da sua real dimensão, referência para vários segmentos da agropecuária, a exemplo do agricultores familiares que estarão em maior número esse ano. Também se procura fortalecer o repasse de conhecimento técnico para o setor, como também a sua vertente como mega acontecimento de lazer para Alagoinhas e municípios vizinhos, permitindo dar ênfase à integração regional.
Outra mudança, as grandes bandas dessa vez não foram contratadas, deixando caminho aberto para o artista local, incentivando e fortalecendo a cultura própria da região. Haverá também cursos como o de produção de queijo e manteiga, culinária voltada para lanchonetes e restaurantes e outros mais técnicos como a vacinação contra doenças como a brucelose. A abertura oficial, que ocorre dia 31 de outubro, contará com a presença de vários representantes estaduais ligados à agropecuária, como presidente da Agência Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB, órgão que montou um grande stand para a festa e o diretor da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).
Fim dos fazendeiros de final de semana – Alagoinhas, apesar de ter grandes criadores da raça leiteira girolando, vive uma retração de sua produção de leite. Durante muitos anos teve relevante papel na economia local, com o apoio do Governo do Estado à cooperativa que comprova o montante extraído, destinando-o a uma unidade maior em Feira de Santana, que de lá, encaminhava o alimento para as indústrias de pasteurização e extração de derivados. Recentemente, a empresa de bebida lactea do município deixou de comprar o leite in natura, optando pelo leite em pó, mas fácil de armazenar. A Estação Experimental da EBDA de Aramari, especializada em pesquisar e repassar conhecimentos técnicos, nesse segmento específico, foi invadida por entidades de agricultores sem terra. Para completar, a maioria dos produtores locais é formada por meros “fazendeiros de final de semana”, sem condições de competir no mercado, como enfatizou Haroldo Azi. O comentarista ainda sugeriu que fossem realizadas feiras para esses pequenos produtores, pois, mesmo com toda a incapacidade competitiva, ainda representam uma parte importante da economia local. Geraldo informou que Alagoinhas tem grande condição de ser competitiva no segmento, porque tem água em abundancia. Haroldo lembrou que o município ainda tem o alimento para os animais, proveniente da sobra do processamento da cerveja.
Veja na integra a entrevista concedida pelo secretário municipal de agricultura de Alagoinhas, Geraldo Almeida, ao programa Primeira Mão:
Por Paulo Dias para o News Infoco