Amigo leitor, Alagoinhas passa por um processo de mudança com relação ao sistema de transporte público municipal. Vários são os problemas existentes em nossa cidade( saúde, a infraestrutura, etc), mas neste artigo vamos nos ater exclusivamente a questão do transporte público, objeto de um dos mais audaciosos projetos para resgate do sistema: a integração das linhas.

Claro que a integração não é a solução final para um problema tão complexo como o transporte público,  um problema que perpassa por uma rediscussão geral de todo plano de mobilidade urbana, se é que ele existe em nosso município. Para nossa infelicidade esse debate continua sendo secundarizada por picuinhas politicas entre oposição e governo.

Em entrevista concedida ao programa Primeira Mão, da rádio Ouro Negro 100,5 FM( veja aqui ), o coordenador geral do Sindmetro(Sindicato dos Rodoviários), Mário Kléber, foi extremamente sincero ao tratar da integração das linhas de ônibus. “Sem ela, o sistema faliria”, disse o entrevistado. Em outras palavras, sem essa ação da prefeitura, Alagoinhas ficaria sem sistema de transporte público urbano. Ficaríamos sem transporte público às vésperas do inicio do ano letivo, que deve começar no inicio de fevereiro.

Ao invés de uma união da classe politica dirigente(situação e oposição) para uma ação de salvação do sistema em beneficio da população, o que se assiste são tentativas de boicote a um sistema que não completou sequer uma semana. Falta disposição para ajudar, ao mesmo tempo que sobram atitudes vergonhosas no sentido de atrapalhar o sucesso do projeto, que tem sido conduzido até aqui com imensa responsabilidade pela Comissão intersetorial designada pelo prefeito Joaquim Neto para acompanhar a implementação da integração das linhas.

Após fatídicas tentativas da oposição de inviabilizar o inicio da operação de integração de linhas, com movimentos de rua sem participação popular, e narrativas raivosas na nítida intenção de destilar seu ódio e frustração contra setores da imprensa e Governo, sem sequer apresentar um projeto alternativo viável para a solução do problema, agora trabalham com a desinformação e com mentiras.

Hoje(29) a tarde um post divulgado nas redes sociais por um vereador da oposição afirmava em letras garrafais: MORADORES DO SILVA JARDIM SÃO PREJUDICADOS SEM O SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO”. Uma grande mentira de quem, ou desconhece completamente o sistema público de transporte, ou de quem perdeu o compromisso com a verdade na hora de adentrar em algum debate.

O bairro do Silva Jardim hoje é abastecido pelas linhas do Miguel Velho e Baixa da Candeia, uma passando por toda a extensão da avenida Silva Jardim, e outra passando pelo Thompsom Flores. Além disso, linhas do Barreiro passam pela margem da linha. São três linhas que de alguma forma abastecem o bairro. Ainda de acordo com o que foi apresentado pelos representantes da Comissão Municipal, que concederam entrevistas em praticamente todas as emissoras da cidade e divulgaram inúmeras matérias informativas a respeito, novas linhas devem ser implementadas com a volta as aulas, onde o numero de passageiros devem aumentar. Dentre as novas linhas haverá a linha do Miguel Velho que passará nas ruas que recepcionam as escolas São José, o Colégio Militar e o Maria José Bastos, seguindo ainda pelo Silva Jardim.

A retirada da linha exclusiva do Silva Jardim não significou em momento algum o desabastecimento da localidade. Infelizmente, ao invés da oposição ajudar a informar e explicar a população as mudanças ocorridas, o que se percebe é, em sentido contrário, desinformar, em busca de um apoio popular que nunca tiveram.

É triste perceber que a oposição em Alagoinhas continua a trabalhar pelo “quanto pior melhor”, ao invés de contribuir para melhoria do sistema. Continuam apoiados em discursos demagógicos e politiqueiros, sem compromisso nenhum com a cidade, e isso reflete-se na incapacidade de demonstrar qualquer espirito de liderança popular no grupo. Alagoinhas clama por uma convergência politica que se permita a destinação de um subsidio municipal para baratear o custo da passagem, a rediscussão da concessão das gratuidades, que deve não ser mais pelo critério de idade e sim por renda, na regulamentação do mototáxi e de outros modais de transporte. Tudo isso tem que ser discutido pelo vereadores com o Governo Municipal. Só assim teremos condições de avançar no custeio do sistema, permitindo a tão desejada renovação da frota de ônibus e o barateamento da tarifa.

É preciso tratar o tema com seriedade.

Escrito por Caio Pimenta, bacharel em direito, âncora do programa Primeira Mão, da radio Ouro Negro 100,5 FM. Ele também escreve sua coluna no site News Infoco, do qual é editor- chefe e dirige a radio web 2 de julho.