A presença de oito municípios da Bahia na relação entre os 100 municípios que se destacaram no agronegócio brasileiro em 2023 e a chegada de novos empreendimentos como a biorrefinaria de etanol Inpasa, revelam a pujança do setor no estado, que se prepara para a retomada da Fenagro.

O otimismo para o próximo ano se baseia dentre outros fatores, da expectativa de um clima mais favorável para a safra 2024/25 que está na fase inicial, em contraponto à safra anterior que terminou com uma redução de 6,8% no volume total dos grãos sobre a estimativa prevista.

A diminuição é reflexo, principalmente, de fatores climáticos e, segundo a última Pesquisa Mensal do IBGE, o estado deve somar 11.326 milhões de toneladas (ton) de grãos na safra 2023/24, enquanto que entre 2022/23 a safra de grãos bateu o recorde de 12.148 milhões/ton.

E, apesar da retração no volume dos grãos, o setor foi responsável por cerca de 28,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia no segundo trimestre deste ano, totalizando R$ 35 bilhões, conforme cálculo da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). No mesmo período de 2023 o agro correspondeu a 27,7% do PIB estadual.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, o setor enfrentou “a maior seca dos últimos 30 anos e, além dos prejuízos na agricultura, tivemos perdas calculadas em mais de 1 milhão de animais entre bovinos, caprinos e ovinos”, lamentou.

Ele destacou, no entanto, que os agropecuaristas do estado não se abalam e a expectativa é realizar um grande congraçamento entre a classe na 33ª Feira Nacional Agropecuária (Fenagro), no Parque de Exposições de Salvador, entre 28 de novembro e 8 de dezembro.

E, apesar da retração no volume dos grãos, o setor foi responsável por cerca de 28,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia no segundo trimestre deste ano, totalizando R$ 35 bilhões, conforme cálculo da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). No mesmo período de 2023 o agro correspondeu a 27,7% do PIB estadual.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, o setor enfrentou “a maior seca dos últimos 30 anos e, além dos prejuízos na agricultura, tivemos perdas calculadas em mais de 1 milhão de animais entre bovinos, caprinos e ovinos”, lamentou.

Ele destacou, no entanto, que os agropecuaristas do estado não se abalam e a expectativa é realizar um grande congraçamento entre a classe na 33ª Feira Nacional Agropecuária (Fenagro), no Parque de Exposições de Salvador, entre 28 de novembro e 8 de dezembro.

“É grande a expectativa para o retorno deste evento, que já foi dos maiores do Brasil. Vamos trabalhar para que volte a ser referência dentro e fora do país”, asseverou, frisando a perspectiva de atrair mais de 100 mil pessoas, com uma programação diversificada.

A feira deve reunir produtores de diferentes territórios de identidade e de outros estados e os variados elos da cadeia produtiva da agricultura e pecuária. Na programação, além de exposição de maquinários e animais para concurso e vendas, seminários, palestras e rodadas de negócios, também terá espaço para produtos da agroindústria, gastronomia e shows musicais.

Segundo Miranda, as perspectivas para 2025 são positivas. “As previsões indicam que o clima será mais chuvoso, com a possibilidade de chegada da La Niña”. Diferente do El Niño, o fenômeno climático La Niña é mais favorável para as chuvas no estado, o que deve favorecer a produção agropecuária.

O otimismo também é perceptível entre os produtores da região oeste, que começam a semear 2.129 hectares (ha) com soja, um aumento de 7,5% sobre a safra passada. Isso representa mais de 67% da área total cultivada no oeste baiano, que produziu 7,4 milhões de toneladas (ton) da oleaginosa na safra 2023/24.

Para o algodão a estimativa é que devem ser plantados 380 mil ha na safra 2024/25, um incremento de 10,1% sobre a safra anterior. As duas culturas sofreram menos com o clima, enquanto que o milho teve a maior quebra. A expectativa é que seja semeado em 105 mil ha, com redução de 8,9% sobre a safra passada.

Conforme o gerente de Agronegócios da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Aloísio Júnior, os produtores da região vem investindo em boas tecnologias, biotecnologias, sistema de manejo de solo focado na conservação dos recursos naturais, dentre outras práticas sustentáveis.

“De certa forma isso vem contribuindo para incremento da produtividade e, mesmo acontecendo fatores adversos como clima desfavorável, ainda temos bons resultados”, pontuou. Para a próxima safra o prognóstico é positivo, salientou, ressaltando que os números para a nova safra são preliminares, resultam do trabalho do Conselho Técnico da associação e ainda poderão ser ajustados, conforme os dados forem consolidados no campo.

A produção das lavouras baianas também destaca o estado entre os 100 municípios brasileiros mais ricos em valor de produção, com sete municípios na região do oeste e Juazeiro, no norte. A lista foi divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a partir da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2023 do IBGE.

Fonte: Miriam Hermes – A Tarde