O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) confirmou, nesta sexta-feira (5), sua candidatura à Presidência da República em 2026. Em pronunciamento publicado nas redes sociais, ele afirmou ter recebido do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a “missão” de dar continuidade ao projeto político do bolsonarismo.
“É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, escreveu o senador. A declaração encerra meses de especulação dentro do PL sobre quem ocuparia a cabeça de chapa caso Bolsonaro permanecesse inelegível.
No pronunciamento, Flávio adotou tom religioso e crítico ao governo federal. Disse não aceitar “ver o país caminhar por um tempo de instabilidade, insegurança e desânimo” e afirmou que a democracia estaria “sucumbindo”. Ele mencionou ainda temas recorrentes na retórica do bolsonarismo, como aumento de impostos, atuação de grupos criminosos e críticas à gestão de estatais.
“O nosso país vive dias difíceis, em que muitos se sentem abandonados, aposentados são roubados pelo próprio governo, narco-terroristas dominam cidades e exploram trabalhadores, estatais voltaram a ser saqueadas, novos impostos não param de ser criados ou aumentados”, escreveu. “Ninguém aguenta mais!”
Ao longo do texto, Flávio reforçou referências religiosas, dizendo acreditar que Deus “abre portas” e “derruba muralhas”, e que estaria se colocando “diante de Deus e diante do Brasil” para cumprir a missão recebida.
A confirmação da candidatura reorganiza a disputa interna no PL e coloca o senador como herdeiro direto do capital político do pai. O partido ainda não detalhou os próximos passos da pré-campanha, mas aliados de Bolsonaro vinham defendendo a escolha de Flávio como estratégia para manter a coesão da base e evitar divisões no campo da direita.
“Que Deus abençoe o nosso povo! Que Deus abençoe o nosso Brasil!”, encerrou o senador.
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