Forças Empresariais e Sindicato dos Comerciários convocam reunião para discutir crise no transporte público de Alagoinhas

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As Forças Empresariais(CDL, ACIA e Sicomércio) e o Sindicato dos Comerciários de Alagoinhas e região(Sicomerciário) realizaram uma reunião na manhã desta segunda-feira(12), na nova sede do Sindicato dos Comerciários, para tratar sobre a crise no transporte público da cidade. A situação caótica, que afeta as atividades comerciais no município, tem sido acompanhada com preocupação por estas entidades.

Para a reunião foram convidados representantes das empresas de ônibus ATP, Viação Cidade das Águas e AG, da prefeitura, da Superintendência Municipal de Transporte e Transito(SMTT) e do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Alagoinhas(SINPA). Todos enviaram representantes, exceto o SINPA. O sindicato dos rodoviários não foi convidado por não possuir carta sindical.

O objetivo do encontro foi encontrar uma saída para a crise no setor de transporte urbano. Problemas como o baixo número de usuários pagantes, o prejuízo das empresas e a falta de subsídios e incentivos ao sistema foram levantados.

Representantes do Governo acusam a gestão do ex-prefeito Paulo Cezar de serem os responsáveis pela crise no sistema, ao não reajustar a tarifa de acordo com índices do mercado ao longo dos anos, além de permitir uma série de gratuidades no sistema e decretar o fim da compra dos vale-transporte dos servidores municipais, que desde então recebem o valor em dinheiro.

Chegou-se a um consenso que é imprescindível um aporte financeiro no sistema. O que se discute é a forma como isso deve acontecer. Empresários do transporte, representantes das Forças Empresariais e o Sicomerciário defendem a adoção do chamado ‘vale solidário’, que é a distribuição de passes no sistema para pessoas em vulnerabilidade social que estão atrás de emprego ou precisam se locomover. Este vale solidário também pode ser entregue aos idosos entre 60 e 65 anos, que atualmente, devido a uma lei municipal, fazem jus à gratuidade no sistema.

Uma outra proposta defendida pelos empresários é a volta da compra do vale-transporte pela prefeitura, assim como por parte das empresas que prestam serviço à Administração. No mesmo sentido, os empresários se comprometem a fazer o mesmo, substituindo o valor dado aos funcionários por vale-transporte, como preceitua a legislação trabalhista. O SINPA é contra esta medida, ao mesmo tempo que o Governo Municipal não demonstra interesse em convencer o sindicato o,u simplesmente, fazer cumprir a lei, em beneficio da coletividade.

O impasse surge exatamente neste ponto: Sem a volta da compra dos vales-transportes pela prefeitura, como o governo poderia subsidiar o sistema, sem onerar os cofres públicos? Devido a pandemia, as fontes de receita da prefeitura apresentaram uma queda significativa, e secretarias tiveram cortes severos em seus orçamentos.

A situação é critica. E quem mais sofre com isso tudo é a população alagoinhense.

Por Caio Pimenta para o News Infoco