Henrique Meirelles só quer PSDB se for na vice

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O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles reforçou ontem que mantém sua intenção em ser candidato a presidente da República pelo MDB e não considera a hipótese de ser vice em uma chapa encabeçada por outro presidenciável. Enquanto o presidente Michel Temer estabelece conversas com o PSDB, que lançou o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como pré-candidato, Meirelles disse que uma aliança com os tucanos só é possível se o partido aceitar a vaga de vice em uma chapa encabeçada pelo MDB. “Se é possível fazer imediatamente uma aliança com o PSDB? Certamente, não há dúvida, desde que o PSDB aceite uma candidatura à Vice-Presidência”, declarou.

Ele também disse que não acredita em “acordo de bastidor” e que o critério para definir candidatos em aliança deve ser o potencial eleitoral. “Outros poderão tomar a mesma decisão [de desistir], acredito que essa consolidação será natural porque eu não acredito muito em acordo de bastidor”, declarou. “Só o potencial eleitoral, de fato, é que vai definir isso.”

Projeções. Afirmando que um candidato de centro estará no segundo turno, Meirelles avalia que outros nomes do mesmo campo não têm um potencial de crescimento de votos maior do que ele.

“Não estou considerando a hipótese de ser vice-presidente porque não estou convencido de que outros candidatos do que eu chamo do centro democrático têm um potencial de votos realmente maior do que o nosso”, declarou o ex-ministro, durante debate promovido pela Insper Jr. Consulting, consultoria gerida por alunos de graduação do Insper.

Figurando com 1% nas intenções de voto em pesquisas eleitorais, Meirelles repetiu que a crença em seu potencial de crescimento está ancorada em quatro características demandadas por eleitores que ele julga ter: competência, experiência, seriedade e honestidade. Para o ex-ministro, a “sensação de bem-estar” com o crescimento da economia vai beneficiar candidatos reformistas e evitar que candidatos “populistas” vençam o pleito. Ele comentou que a saída do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (PSB) do cenário muda o quadro eleitoral. Para Meirelles, haverá uma dispersão até o período das convenções partidárias, entre final de julho e agosto, e uma dispersão menor até setembro, antes do primeiro turno.

“O potencial eleitor do Joaquim não é um eleitor ideológico, como alguns candidatos da esquerda estão colocando. Não é um eleitor de esquerda, é um eleitor de todas as faixas ideológicas que olhava para ele, para o que fez como presidente do Supremo, a carreira, a pessoa que é…”

Fonte:Tribunadabahia