Conforme apurado pelo Política Livre, a ida do governador Rui Costa (PT) à tradicional Lavagem do Bonfim, onde ocorre o primeiro teste de popularidade com vistas nas eleições municipais, ainda é incerta, com grandes possibilidades de que ele não compareça por conta da cirurgia que realizou no último domingo para a retirada de um nódulo mamário no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
A aposta, não apenas dos petista, cuja expectativa de um posicionamento de Rui a favor de um candidato é grande, bem como dos aliados, é que o cordão governista seja liderado pelo senador Jaques Wagner (PT), porém, esse ano com uma responsabilidade muito maior. Não apenas por faltar 10 meses para a disputa eleitoral, em especial na capital baiana, em que o principal adversário já lançou oficialmente o vice-prefeito Bruno Reis como pré-candidato à sua sucessão, mas também por Wagner ser o nome forte para disputar o governo da Bahia com o prefeito ACM Neto (DEM) em 2022.
Também comenta-se no rol petista, que o senador tem muito mais a capitalizar com isso do que se prejudicar, levando em conta a boa articulação política que sempre e que, inclusive, elegeu Rui, governador da Bahia, ‘apesar de desconhecido’.
A expectativa é que ele ‘meta o bedelho’ e consiga com sua popularidade ajudar o PT a tira um nome da ‘cartola’ e reverter o prejuízo de nunca ter ganhado uma eleição majoritária na capital baiana e fazer o time petista, ao menos, conseguir polarizar com o DEM.
Wagner fez uma cirurgia oftalmológica nesta última segunda (6) e seu nome era uma incógnita no evento religioso, mas hoje sua presença foi confirmada por sua assessoria de comunicação. Essa não seria a primeira vez que o cacique petista representa o gestor em uma festa tradicional. Na Independência da Bahia [2 de Julho], o governador trocou a participação no cortejo por uma viagem ao exterior em busca de investimentos para o Estado.