O grande reduto petista no Brasil, a Bahia, está ruindo com consequências graves para as próximas eleições municipais. Jaques Wagner, de acordo com delações premiadas, divulgadas, esta semana, pelo site Antagonista, teria recebido, por meio de seu operador(operador de campanha inclusive), R$ 68 milhões de propina, decorrente da construção da sede da Petrobras(alugada da Petros), conhecida como Torre Pituba. O ex-governador está envolvido, segundo os denunciantes, em repasses de recursos ilegais, realizados até dentro de meias. A notícia foi dada pelo site Antagonista, diretamente pelo apresentador Claudio Dantas. Tudo arquitetado pelo João Vacari Neto, um dos três contadores do PT envolvidos em denúncia de corrupção.
Em Alagoinhas, a notícia cai como uma bomba e pode ajudar a entender um dos motivos pela escolha de Luciano Sérgio para concorrer à prefeitura. Joseíldo Ramos e Radiovaldo Costa não gostariam de queimar os seus nomes, embora saiam chamuscados de tudo isso, por pertencer ao partido. Luciano como aliado leal se oferece ao sacrifício e certamente será alvo de questionamentos de seus adversários que trarão à baila os envolvimentos do PT com os inumeráveis escândalos de corrupção. O discurso da moralidade se perde, e que outro discurso Luciano poderá usar? Claro que uma união dos partidos de esquerda na cidade se torna pelo mesmo motivo muito mais difícil, ninguém vai querer se atirar nesse precipício. O mais grave é que boa parte desse dinheiro saiu do bolso do trabalhador, do seu fundo de pensão, a Petros. A obra orçada em R$ 300 milhões, terminou saindo por R$1,3 bilhão. Um escândalo. Nas últimas pesquisas, Luciano Sergio vem patinando nas pesquisas e sofre para sair sair da casa dos 2%.
Jaques Wagner é conhecido por conseguir como simples petroquímico morar no metro quadrado mais caro do nordeste(o Corredor da Vitória), depois que se tornou governador. Tem o hábito de colecionar relógios de luxo e foi o articulador da tentativa de nomear Lula chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, uma estratégia clara de obstrução da justiça à época em que circulava rumores de uma possível prisão preventiva do ex-presidente. O PT já vinha com moral baixa tendo que esconder o Lula, que saiu desgastado e desnorteado da prisão, perdendo sua velha retórica e argúcia política, bem como a capacidade de arrastar multidões. Todas as tentativas de conclamar os petistas em torno dele se tornaram fragorosos vexames.
Por Paulo Dias com a colaboração de Caio Pimenta para o News Infoco