O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pelo governo federal, provocou reações negativas de entidades representativas da indústria e do setor financeiro. Mesmo após a revogação parcial das medidas, as críticas se mantiveram diante da manutenção da tributação sobre o crédito para empresas.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) afirmou, em nota, que a alta do IOF contraria políticas públicas voltadas ao desenvolvimento industrial, como o Programa Nova Indústria Brasil e as ações de transição energética. Segundo a entidade, o aumento da alíquota pode elevar os custos das empresas, dificultar o acesso ao crédito e inibir investimentos em um cenário já marcado por juros altos e spreads bancários elevados.
“Tais medidas terão como consequência o aumento dos custos das empresas, inclusive as do setor industrial, já penalizadas pela distribuição tributária desigual. O efeito será muito negativo sobre a atividade econômica”, destacou a Fiesp. A entidade também criticou o fato de a revogação não ter alcançado as medidas que encarecem ainda mais o crédito empresarial.
Para a Fiesp, o equilíbrio fiscal não deve ser alcançado às custas do setor produtivo, mas sim por meio de reformas estruturais.
O governo federal estima arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026 com as mudanças no IOF. De acordo com o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, as medidas atingem empresas e contribuintes de maior poder aquisitivo, sem impactar diretamente pessoas físicas ou investimentos.
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