Graças à influência principalmente da alta de preços no grupo de Alimentação e Bebidas, a inflação oficial de dezembro acelerou em relação ao que havia sido apurado no mês passado, e fechou o ano acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE, a inflação oficial foi de 0,52%em dezembro de 2024. O resultado ficou 0,13% acima da taxa de novembro (0,39%), embora tenha permanecido abaixo do índice registrado no mês de dezembro de 2023 (0,56%).

O resultado do mês de dezembro ficou abaixo das expectativas do mercado, que apostava em um IPCA de 4,9% no último mês do ano de 2024. Entretanto, apesar de menor do que o esperado, o índice oficial de inflação brasileiro fechou o ano acumulando alta de 4,83%, superando em 0,21% o IPCA de 2023 (4,62%) e ficando 0,33% acima do teto da meta, que era de 4,5%.

O resultado da inflação no ano de 2024 foi impactado principalmente pelos aumentos de preços do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63% percentuais para o IPCA do ano. Além disso, as elevações acumuladas nos preços dos grupos Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) também tiveram impactos significativos sobre a inflação acumulada no ano passado. Juntos, esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024.

No cálculo do IPCA, a gasolina exerceu o maior impacto individual sobre a inflação de 2024, acumulando alta de 9,71% no ano. Em segundo lugar, veio o subitem Plano de Saúde, que subiu 7,87% em 12 meses e contribuiu com 0,31% para o resultado da inflação. A seguir, veio o subitem Refeição fora do domicílio, que acumulou alta de 5,70% em 12 meses.

Bahia Notícias