O senador Jaques Wagner (PT-BA) criticou nesta sexta-feira (14) o impacto das emendas parlamentares sobre o orçamento federal, afirmando que o modelo atual enfraquece o Poder Executivo e dificulta a realização de grandes projetos. A declaração foi dada durante evento na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), onde estavam presentes outras lideranças políticas.

“Esse negócio de emenda, botar o presidente refém… Infelizmente, o Congresso iniciou nesse estilo. Eu, pessoalmente, continuo achando o volume absurdo. Quando você distribui emendas entre 500, 600 parlamentares, são 50 bilhões pulverizados. Precisamos de dinheiro para obras estruturantes, estradas, hospitais”, criticou Wagner.

O ex-governador da Bahia também comparou o cenário atual com os primeiros anos do PT no governo federal. “Esse novo normal não é o que eu gostaria, nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas foi o que encontramos. Lá em 2003, era muito diferente”, afirmou.

A crítica do senador baiano reflete as preocupações do governo sobre o impacto das emendas de relator e individuais no orçamento da União. O modelo tem representado um desafio para a articulação política do presidente Lula, ampliando a influência do Congresso na destinação de recursos federais.

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