O governador Jerônimo Rodrigues (PT) atualizou nesta quinta-feira (21) a situação da venda de dois terrenos pertencentes a gestão estadual: o antigo Centro de Convenções de Salvador e o Colégio Estadual Odorico Tavares, ambos localizados na capital baiana. A atualização foi feita em entrevista coletiva durante a visita às obras de modernização do Complexo do Teatro Castro Alves (TCA).

Ao bahia.ba, Jerônimo detalhou que a venda do Centro de Convenções enfrenta um “imbróglio jurídico”. “A gente ainda não conseguiu totalmente desfazer [esse imbróglio]. Assim que sair é de interesse meu, estava quase resolvido, mas na Justiça sempre pode haver um pedido de revisão, alguma coisa, e isso segurou um pouco mais, mas assim que sair nós vamos partir para o leilão”, disse o gestor estadual.

Fechado em 2016, após o desabamento de parte da fachada do imóvel por falta de manutenção e oxidação da estrutura, o antigo Centro de Convenções de Salvador, localizado no bairro do STIEP, segue abandonado há quase dez anos. O terreno, avaliado em cerca de R$ 300 milhões, chegou a ter sua venda autorizada pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) ainda em 2021, sem avanço nas tratativas desde então.

Odorico Tavares

Já o Colégio Estadual Odorico Tavares, localizado no Corredor da Vitória, fechou no início de 2020, e logo teve sua venda autorizada pelo Legislativo. Cinco anos depois, porém, a estrutura segue com seu futuro indefinido, algo que, segundo o governador, deve mudar em breve, com os recursos da venda sendo destinados para investimentos para construção de duas novas escolas na capital.

“O acordo feito lá atrás, pela palavra do agora ministro Rui Costa, eu vou manter. O Odorico será feito uma troca, o processo de leilão ou de venda dele, os recursos captados serão reinvestidos em escolas. Naquele momento [da venda], eu estava na Secretária de Educação, Rui era governador, nós chegamos a tentar fazer um ato de leilão já condicionado a só entregar a estrutura quando as escolas estivessem entregues. Então, se ali hoje, [o terreno] custa, em média, R$40, R$ 50 milhões, dá pra fazer uma ou duas escolas nesse mesmo padrão”, detalhou Jerônimo.

“Já pedi à secretária [de Educação], Rowenna [Britto], ver pelo menos em Salvador, já que o prédio é aqui, ela escolher duas escolas aqui. Se não der, a gente faz aonde for, porque escola é universal. Então eu estou aguardando para fazer esse grande pacote”, completou.

No final de julho, a gestão estadual chegou a anunciar a abertura do leilão do terreno do colégio, mas suspendeu o pregão horas depois sob a justificativa de que o edital necessitava de ajustes técnicos.

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