Apesar de negar qualquer acerto com o senador Otto Alencar, cacique politico do PSD, a ida de Joaquim Neto para o partido já é dada como certa no meio politico. Diante dos últimos acontecimentos, a saída de Joaquim do DEM é tida como inevitável.
Em recente reunião do diretório municipal do DEM em Alagoinhas, vários filiados se reuniram para discutir os rumos do partido. Na ocasião, até o presidente do PTC na cidade, Jessé Bicodepena, esteve presente na figura de convidado, sinalizando uma aproximação com o grupo do dep. Paulo Azi. Tanto Paulo Azi quanto Jesse são críticos do governo Joaquim Neto e tudo indica o inicio de uma aproximação entre ambos.
Outro fato relevante foi a falta do prefeito Joaquim Neto, até agora filiado do partido, na reunião. Embora ainda esteja no DEM, a cúpula do diretório municipal é pertencente ao grupo do deputado Paulo Azi, bastando dizer que o seu presidente é Marco Antunes, fiel escudeiro do deputado. Não há ambiente para permanência de Joaquim no partido.
Hoje(02) pela manhã o deputado federal Paulo Azi, eleito novo presidente estadual do DEM na Bahia, em entrevista concedida ao programa Primeira Mão, da rádio 95 FM, falou sobre sua relação com o prefeito e revelou que não conversa com Joaquim desde outubro do ano passado, quando romperam politicamente, Ele também citou os recentes noticiários indicando negociações do prefeito de Alagoinhas com vários partidos, entre eles o PSD.
O fato do PSD estar aumentando sua influencia no estado, principalmente no interior, além do grande espaço concedido pelo governador Rui Costa ao senador Otto Alencar na composição de seu governo são fatores que seduzem Joaquim Neto.
Em termos de estratégia politica, Joaquim também teria vantagens com sua ida ao PSD. A primeira delas é um possivel apoio do governador Rui Costa na sua reeleição, ou pelo menos a busca de sua neutralidade caso outros candidatos da base do governador decidam lançar candidaturas, entre eles um nome do PT e o ex-prefeito Paulo Cezar que pode desembarcar no PP de João Leão a qualquer momento.
Há ainda a possibilidade de interferência do governador na eleição local em 2020, já que Alagoinhas é vista como um Colégio eleitoral relevante no estado. Rui Costa não gostou nada do resultado da última eleição quando a prefeitura da cidade passou para as mãos de um até então aliado de seu maior adversário politico, ACM Neto. Nos bastidores, ele culpou a divisão de sua base na cidade entre 3 candidaturas(Joseildo Ramos(PT), Sonia Fontes(PSB) e Radiovaldo Costa na época na Rede) pela derrota eleitoral.
Na visão do governador apenas uma candidatura proveniente de sua área de influencia seria o ideal. Neste caso, Joaquim Neto já com mandato e buscando a reeleição teria mais força para impedir novos candidatos por este campo politico tendo mais chances de renovar o seu mandato.