O deputado federal baiano reeleito João Carlos Bacelar Filho (PR), o Jonga, faz parte de uma bancada que atua para impedir que ações para melhorar a segurança de barragens de minério sejam aprovadas na Câmara Federal.
Conforme reportagem da Folha deste domingo (3), o grupo de parlamentares eleitos na legislatura passada – com doações de mineradoras – é bem atuante nos assuntos do setor. Eles propõem mudanças em textos que já resultaram em retirada de fiscalização, ocupam cargos chave em comissões e também influenciam no que passa na Casa.
O parlamentar baiano recebeu, na eleição de 2014, R$ 400 mil de doações de mineradoras. No mesmo ano, ele integrou a comissão de Código de Mineração. Ele também integrou a comissão de Minas e Energia.
À reportagem, ele afirmou que a influência das empresas é relativa. “Atuo no setor de mineração e estou coletando assinaturas para a CPI de Brumadinho”, declarou.
Outras suspeitas – A Polícia Federal encontrou indícios que ligam Jonga ao esquema de corrupção na Agência Nacional de Mineração (ANM) na Bahia, desarticulado pela Operação Terra de Ninguém.
Segundo a coluna Satélite, do jornal Correio, um dos principais alvos da nova ação da PF, Cláudio da Cruz Lima, assumiu o cargo de gerente da ANM no estado por indicação de Bacelar, feita ainda no governo Michel Temer (MDB).