O presidente Jair Bolsonaro lamentou a aprovação do texto-base da reforma da Previdência no Senado, mas disse que não havia outra escolha. “Eu lamento, tinha que aprovar, não tem como”, disse na saída do Palácio da Alvorada, pela manhã.

A proposta principal foi aprovada em primeiro turno pelos senadores na noite desta terça-feira, 1, por 56 votos a 19. Ainda resta a apreciação de destaques que podem alterar o teor do texto. Para o presidente, aprovar a reforma da Previdência “é um sinal de que estamos fazendo o dever de casa”. “As reformas são necessárias.

Se não fizer, quebra o Brasil em dois anos. Eu lamento, tinha que aprovar, não tem como. É uma maneira de darmos um sinal de que estamos fazendo o dever de casa”, afirmou Bolsonaro. Ele deu declarações sobre o tema a um grupo de apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, uma das residências oficiais da Presidência.

O presidente evitou perguntas de jornalistas e não falou, por exemplo, sobre o destaque aprovado na noite de ontem que já modificou a previsão de economia da proposta em dez anos. Na noite de terça, os senadores retiraram da proposta as mudanças nas regras do abono salarial – o que diminuiu em R$ 76,4 bilhões a economia esperada.

Segundo Bolsonaro, o governo “não tem plano B” se a reforma da previdência não for aprovada em segundo turno no Senado. “Não tem Plano B, nem para mim nem para ninguém que estivesse em meu lugar”, declarou. O presidente disse ainda que “gostaria de não ter de mexer em muita coisa” mas que é necessário. “É uma realidade, gostaria de não ter de mexer em muita coisa. Mas senão mexer, é igual de vez em quando ter de dar uma dura no moleque em casa. Mesmo dado dura, às vezes, sai coisa errada lá na frente.”