Surgiu um impasse na discussão entre a bancada do programa Primeira Mão e o convidado especial, Juscélio Carmo, nesta terça-feira, 19, se ainda haverá tempo para se realizar a licitação da concessão do serviço de transporte público em Alagoinhas. A questão é importante, de fato, pois determina se vai haver subsídios para as empresas de ônibus ou se recorrerá ao aumento de passagem. Juscélio não acredita que uma licitação impopular como esta ocorra em ano eleitoral. Haroldo Azi, âncora do programa, lembrou que o prefeito prometeu a licitação para esse ano. O comentarista, Caio Pimenta, considera que esse ano, no máximo, pode sair o edital, para que haja o processo, em si, em 2020. A questão em pauta é que, para haver subsídio, a licitação teria que ocorrer antes da votação do orçamento de 2020 pela Câmara de Vereadores, que precisa ser aprovado esse ano.
O prefeito de fato levantou uma expectativa alta na população quanto ao transporte público, realizando audiências públicas, onde ficou acertado coisas do tipo, 20% de ônibus novos e 80% de ônibus com no máximo cinco anos de uso, para rodar em pisos de má qualidade. Fala-se até em ônibus com ar condicionado. No programa também foi levantada a questão de falta de fiscalização para a cobrança devida do ISS das empresas de ônibus. Para Juscélio, o gestor age como se estivesse no primeiro ano de governo no seu primeiro mês, não conseguiu fazer a integração que era bem mais simples e diz que fará a licitação com o ano chegando em seu término. Juscélio mencionou ainda que outras cidades mais estruturadas ainda não conseguiram fazer uma licitação que corrigisse os problemas que se quer solucionar aqui em Alagoinhas.
O prefeito Joaquim prometeu para esse ano ainda a entrega da UPA de Santa Terezinha e a estação de transbordo das vans e micro ônibus. Juscélio afirma que ele faz muitas promessas que não são compridas como o Hospital do Câncer e a interligação dos ônibus. Haroldo fez um contraponto e elogiou medidas do governo municipal, citando entre elas a retirada dos camelôs das calçadas. Juscélio disse que não foi uma proposta de governo que visasse resolver o problema de maneira a não prejudicar os vendedores, que estes saíram à força. Ele disse também que a imagem do prefeito nas ruas é a pior possível, considerado o prefeito das praças, declaração que Haroldo refuta com veemência.
O problema para Joaquim não é ser conhecido como prefeito das praças, mas das praças feitas com recursos de empréstimo, quando se tem problemas mais graves no município.
Por Paulo Dias para o News Infoco