O deputado federal Lúcio Vieira Lima sugeriu, ontem, que o seu partido, o MDB, vive uma nova fase na Bahia. Antes rejeitado, agora a sigla tem sido assediada, segundo ele. “Hoje muitos, que não queriam o MDB, estão atrás do apoio. […] Agora é tarde. O MDB segue firme com a candidatura de João Santana. […] Fico feliz que todo mundo deseja o MDB. É um reconhecimento da fortaleza da nossa legenda, mas quem quiser o MDB é só apoiar João Santana”, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Ao Política Livre, Lúcio disse que “conversas sempre existem. Todo mundo está conversando com todo mundo, mas nosso candidato está posto e é imexível”, afirmou, referindo-se a João Santana. Depois de a Polícia Federal encontrar R$ 51 milhões em um apartamento ligado ao ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e a Lúcio, o MDB passou a viver uma crise no estado. Todos os deputados estaduais deixaram a agremiação com receio de não conseguir a reeleição. A situação do partido foi apontada também como o principal motivo de o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), desistir da candidatura ao governo da Bahia. O próprio democrata admitiu isto, ao ressaltar que “não queria passar toda uma campanha justificando coisas que eu não tenho nenhuma responsabilidade”.
No entanto, segundo Lúcio, o MDB agora tem sido procurado para firmar alianças. O PRTB, que tem como pré-candidato ao governo João Henrique, teria procurado os emedebistas. Nos bastidores, comenta-se que a sigla quer o apoio da sigla à candidatura do ex-prefeito de Salvador. Os integrantes do MDB têm tido, porém, que vão manter a postulação do ex-ministro João Santana ao Palácio de Ondina, mas aceitaria João Henrique como vice na composição. A chapa do MDB, inclusive, já tem o ex-deputado federal Jorge Viana, como candidato ao Senado. Já o ex-prefeito Roberto Carlos de Souza, conhecido como Robertão, será o suplente. O segundo candidato à Câmara Alta do Congresso Nacional e o vice permanecem indefinidos.