Diante da polêmica em torno da eleição para a presidência da Câmara de Esplanada, assunto mais comentado nas duas últimas semanas, sete vereadores procuraram o Esplanada News para esclarecer a população sobre o episódio que vem dificultando os trabalhos na Câmara e desfazer algumas falácias.
A princípio os vereadores enfatizaram que vivem em um estado democrático de direito onde as pessoas podem fazer as suas escolhas sem serem cerceadas por isto; esclareceram que, independente das ideologias políticas em que estiveram envolvidos na eleição de 2016, reconhecem a necessidade maior neste momento de unir forçar em prol das questões de interesse para a cidade e sua população. O objetivo é criar um diálogo com o Executivo e não fazer uma oposição politiqueira, como propagam alguns para desmerecer o grupo de vereadores que apoiam o nome da única mulher do legislativo para chapa do biênio 2019/2020.
Na sessão do dia 26 de fevereiro de 2018, os vereadores Zelito Pimenta, Alexandre Pé de Gia, André de Djalma, Gicélio Brito, Zé da Praia, e doutor Lucas Nascimento declararam seus votos e apoio a chapa da vereadora Meire de Ziel, enquanto os vereadores Gilsinho e Marcos do Mulungu optaram pela abstenção.
Em conversa com o portal, Os edis reiteraram que querem apenas e tão somente que o atual Presidente da casa faça valer a democracia, acabando com o impasse do impedimento da eleição e deixando a vontade da maioria prevalecer em relação à escolha de quem eles querem para presidir a casa legislativa.
“Afinal de contas o poder é efêmero e a sua maior característica num estado democrático de direito é a permuta de pessoas que ocupem essas posições de liderança. Mesmo porque quando uma pessoa quer ficar mais tempo no poder do que o que lhe é permitido – sem atentar para a vontade da maioria – cai-se numa postura de regime absolutista (séculos XVI a XVII), já tão ultrapassado e superado, em que a característica fundamental é exclusivamente a vontade do “rei”, contudo a Câmara não tem dono; é casa do povo onde seus integrantes em votação aberta e livre escolhe o presidente.
Alguns questionamentos foram deixados para reflexão: Que mal pode haver em permitir que os vereadores exerçam seu direito de votar em quer que seja para presidir a casa? Procrastinar uma decisão (o prazo máximo é 15/12) que cedo ou tarde vai acontecer – porque é a vontade da maioria – não seria abortar a democracia? Isto não seria obstrução do exercício do direito? Se a eleição foi anunciada pelo Presidente, por qual motivo recuar agora?” questionaram.
Por fim, os edis ratificam que toda essa luta é respaldada no Regimento Interno da casa Legislativa, que em seu artigo 173 determina que nos casos omissos, caberá ao Plenário (conjunto de vereadores) decidir o ponto controvertido
Diante disto, a população torce para que esta pauta seja resolvida o mais rápido possível para que as matérias da casa, que são de interesse da população, não sejam adiadas e os esplanadenses sofram as consequências da obstrução de uma eleição que terá que acontecer e seu resultado já é previsto. Resta-nos desejar aguardar para ver se à única mulher que compõe a casa, reeleita, e que também é professora conseguirá defender não apenas esta causa que lhe é tão cara, mas também aquelas que são de interesse coletivo.
Os vereadores que já declaram apoio a chapa de Meire na disputa pela presidência da câmara são: Alexandre Pé de Gia, André de Djalma, Zé da Praia, Gicélio Brito, Dr. Lucas Nascimento, Meire de Ziel e Zelito Pimenta.