Imagine você fazer um concurso para prefeitura de uma cidade baiana e ter que responder perguntas sobre uma cidade sergipana. Nada a ver né? Porém acreditem, de acordo com o que consta no edital do concurso divulgado pela prefeitura de Alagoinhas, isso é possível.
O edital apresentado pela empresa Amiga Pública Concurso prevê o preenchimento de 123 vagas para cargos no funcionalismo público municipal. Entre as funções está a de: agente de combate a endemias, agente comunitário de saúde, assistente administrativo e auxiliar de classe, cujo o nível de escolaridade exigido é o ensino médio; de auditor da saúde médica, analista de obras – arquiteto, analista em administração, finanças e contabilidade – administrador, assistente social, bibliotecário, contador, coordenador pedagógico e professores de várias especialidades, cujo o nível de escolaridade exigido é o de ensino superior na respectiva área de atuação.
E é justamente nas matérias especificas que será exigido na prova para a vaga de professor em História que se encontra o erro crasso. Como se pode observar na imagem de capa, exigi-se o conhecimento de fatos ocorridos em Sergipe e não na Bahia, onde fica localizada a cidade de Alagoinhas. Seria um erro advindo do famoso “copia e cola”? Para os muitos interessados na vaga do concurso, não há nenhuma dúvida que sim.
“Para que eu vou precisar saber o que ocorreu em Sergipe se a gente vive na Bahia?! O que deve interessar para o certame é o que ocorre na Bahia” disse uma licenciada em História que tem interesse em fazer o concurso.
Essa não é a primeira vez que acontece situações desse tipo na gestão Joaquim Neto. Há 15 dias atrás uma proposta advinda do poder executivo para uma parceria público privada no setor de iluminação pública gerou polêmica. No preâmbulo do documento, o projeto se referia a Alagoinhas como capital do estado da Bahia, quando na verdade a capital é Salvador. Ninguém teve dúvidas de que o projeto se tratava de uma cópia de algum projeto tramitado na prefeitura de Salvador que foi colocado, sem nenhum tipo de adequação, para apreciação dos vereadores. Após muita discussão, o projeto foi retirado da pauta a pedido do próprio prefeito Joaquim Neto.
Além deste equivoco, o valor das inscrições também chamou atenção. Para cargos que exigem o nível de escolaridade mínima o ensino médio, a taxa de inscrição é de 96 reais e para os de nível superior 144 reais. Bastante caro, principalmente se levarmos em consideração o momento de crise e de falta de emprego por qual passa o país.