O deputado Federal, Marcelo Nilo(PSB), construindo sua pré-candidatura a governador da Bahia para eleição de 2022, qualificou como adesista e pior gestor da Bahia, o prefeito de Alagoinhas, Joaquim Neto(PSD). A declaração de Marcelo Nilo aconteceu durante entrevista concedida ao programa Primeira Mão, na última segunda-feira, 27. Ele afirmou que Joaquim estava morto politicamente, após romper com o deputado Paulo Azi do DEM, e foi bater na porta do governador Rui Costa em busca de apoio. Esse, para o pessebista, é motivo suficiente para não o apoiar em uma futura candidatura a reeleição. Marcelo Nilo prefere a aliança com Paulo Cezar ou com Joseíldo Ramos, ambos também da base de Rui Costa. O fato de não ter mencionado o nome de Luciano Sérgio, até aqui pré-candidato a prefeitura pelo PT, deixou subentendido que Nilo não valoriza o nome do vereador como candidato viável, deixando na figura de Joseildo o nome mais apropriado para a disputa.

Nilo segue a linha da esquerda que não se importa com envolvimento de aliados que respondem a processo por corrupção ou que já foram condenados pela justiça por esse crime. Isso ficou claro durante a entrevista, diante das palavras afáveis ao ex-prefeito Paulo Cezar, que é réu em dois processos na justiça federal. No alto dos seus 28 anos como deputado estadual, Marcelo Nilo afirmou: o PT só apoia PT. Por isso sua estratégia é pontuar bem nas pesquisas para obter a benção de Rui Costa e ser apontado como seu sucessor. Ele afirma que alguém para ser candidato a governador precisa de certos requisitos, entre eles ter serviços prestados. Isso Marcelo Nilo diz ter de sobra com sua atuação por três décadas na política. O parlamentar afirmou que conhece a fome e a sede, as demandas da população e as soluções.

Mesmo sendo testemunha de que o povo sofre, foi o braço direito fiel de governadores de um partido que, com sua corrupção, jogou o país em uma severa crise econômica, com 12 milhões de desempregados, o PT. Passou 16 anos apoiando Jacques Wagner e Rui Costa que não resolveram os problemas da saúde, da educação e da segurança pública que tanto conhece. Tem orgulho dos apoios a Jacques Wagner, que tem sofrido com delações que o ligam ao esquema de desvio de dinheiro na construção da sede da Petrobras na capital baiana. Quanto à reforma da previdência de Rui Costa, diz não conhecer o projeto, mas percorre o estado para ser Governador, quando seria mais fácil ler algumas páginas de um texto que vai mexer com a vida de uma categoria sofrida, o funcionalismo público.

Nilo diz que, se o projeto de previdência de Rui Costa for perverso como o de Bolsonaro, ele será contra, mas ele foi conivente com a perversidade perpetrada no Planserv e com o não cumprimento, por parte de Rui Costa, de acordos com os policiais militares. Marcelo Nilo critica a privatização do saneamento, mas se mostra suscetível a apoiar Paulo Cezar, que ao fim de sua gestão na prefeitura de Alagoinhas deixou um rombo de milhões nos cofres da autarquia que cuida do serviço de água da cidade. Além de também se mostrar simpático a Joseildo Ramos, que quando prefeito fracassou na implantação do esgotamento sanitário no município. Aliás, o deputado para ser mais petista só precisa se filiar ao PT.

Merece também destaque a sua visita recente a Pedrão, onde prestou apoio ao ex-prefeito Alceu Barros, hoje aliado de dois outros ex-prefeitos, que se uniram para destronar o atual prefeito, o Galego da Saúde, que tem feito uma gestão bastante criticada pela população de seu município.

Acompanhe a entrevista concedida pelo deputado federal Marcelo Nilo ao programa Primeira Mão:

Por Paulo Dias para o News Infoco