A carta que Marcelo Odebrecht enviou aos acionistas da Kieppe, controladora da Odebrecht, provocou uma reação de raiva em seu pai, Emílio, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Na carta, Marcelo critica a falta de liderança na empresa e sugere que pode retornar para resolver este problema.
“Ao caminhar pelos andares, muito me entristeci com os espaços vazios, a falta de alento dos integrantes, e a tristeza no ar […] enxerguei ali com meus próprios olhos aquilo que sempre aprendemos nos manuais: que nenhuma organização pode se reerguer esquecendo de olhar e cuidar de sua ‘tropa’”, diz o herdeiro da empresa.
“O que eu senti, naquele momento, foi muito forte, e se eu tinha alguma dúvida sobre o risco e o desgaste natural de um retorno após quatro anos afastado, esta dúvida desapareceu após a acolhida que tive de todos os integrantes. Ao ver no olhar deles aquele fio de esperança renovado, senti-me não apenas energizado, mas impelido a retornar”, acrescentou.
De acordo com o colunista, a recepção da carta entre os familiares de Marcelo foi fria e dificilmente ela resultará em algo. Vale lembrar que o empresário ficou preso nos últimos anos e foi solto graças a um acordo de leniência fechado pela empresa com a Lava Jato.