Morreu aos 49 anos o paranaense Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido como “Marcelo VIPs”, que ganhou notoriedade nacional pelos golpes que praticou ao longo da vida.

De acordo com o advogado Nilton Ribeiro, a morte foi provocada por cirrose hepática, uma doença crônica que causa cicatrizes no fígado e compromete o funcionamento do órgão.

Natural de Maringá, no norte do Paraná, Marcelo estrelou o documentário VIPs – Histórias Reais de um Mentiroso, lançado em 2010, e foi tema do filme de ficção VIPs (2011), protagonizado por Wagner Moura.

Ele morreu na terça-feira (9), em Joinville (SC), durante uma passagem pela cidade para uma temporada de trabalho. Marcelo morava em Curitiba. O enterro aconteceu nesta quarta-feira (10), em São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense.

Segundo o advogado e amigo Roberto Bona Junior, Marcelo vivia um período de ressocialização e atuava como produtor de grandes artistas. Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que o Brasil conheceu o “Marcelo VIPs” como uma figura pública marcada pelos erros, mas que o verdadeiro Marcelo buscava reescrever sua própria história.

Entre as histórias mais conhecidas envolvendo seus golpes está o episódio em que tentou se passar por proprietário da companhia aérea Gol. Ele também foi preso em diversas ocasiões, incluindo em 2018, durante uma operação que investigava o uso de atestados falsos para progressão de regime, quando estava em Mato Grosso.

Parte de sua trajetória foi registrada em uma biografia lançada em 2005. No livro, Marcelo afirmava ter começado a aplicar golpes aos 14 anos, apesar de não ter vivido privações materiais. Aos 18, dizia ter atuado como piloto do narcotráfico e relatava que, paralelamente, criava personagens e identidades falsas, chegando a aparecer na mídia com histórias inventadas.

No mesmo livro, a mãe de Marcelo afirmou que a família teria “perdido o controle” sobre ele após a mudança para Curitiba, quando ele tinha oito anos de idade.

Bahia.Ba