O comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar de Alagoinhas(4º BPM), Ten. Coronel Reginaldo Moraes, mencionou, durante entrevista no programa Primeira Mão, nesta quarta-feira(11) um fato novo na história da segurança pública na região. Seguindo a tendencia nacional, que em 2019 registrou uma queda na casa dos 20% nos crimes violentos, a região de Alagoinhas, que está sob a tutela do 4º BPM, também registrou queda nos seus registros.
O comandante Morais não citou números, infelizmente, mas assegurou que a tendência de queda de homicídios e de latrocínios também foi registrada em Alagoinhas e na região. O feito fez com que o Batalhão fosse contemplado com a premiação do Governo do Estado, concedido as unidades policiais que conseguem diminuir estes índices.
O comentarista Caio Pimenta colocou que considera ainda alto o nível de furtos e roubos na região. O comandante revelou que todo o empenho está sendo mantido, que a polícia otimiza os recursos com o uso de inteligência, já que em nenhuma parte do mundo, o policiamento ostensivo consegue cobrir todo o quadrante das ações criminosas. Caio e Hugo Azi indagaram se isso não significa dizer que a guerra contra o crime está perdida. Morais negou, disse que, em absoluto, para ele, o policial vai sempre a campo para sair vencedor, mas entende que outros fatores como a educação doméstica, hoje negligenciada, contribuem para que os jovens sejam cooptados pelo tráfico de drogas. Ele afirmou ainda que o Batalhão oferece atividades sociais para os jovens, mas que os próprios pais não se interessam em estimular a freqüência dos filhos.
Sobre a tragédia ocorrida na favela de Paraisópolis em São Paulo, que deixou nove mortos, o comandante constatou que, diante de um quadro onde se questiona a ação policial, se pode ter toda a certeza que a investigação do caso será rigorosa. Hugo Azi comentou que, em situações como essa, é necessário ver do mesmo modo o lado humano do policial, que está obrigado a atuar em um contexto desfavorável, onde ele também se encontra em vulnerabilidade. Contudo o que se sabe é que esses bailes funks muitas vezes são irregulares e acabam por promover várias ações de natureza criminosa. No entanto, inclusive trazendo como exemplo o caso Paraisópolis, há registro de atitudes violentas de policiais contra a população que não representa nenhuma ameaça à segurança, pena que estejam ali servindo de escudo humano para o bandido.

Com relação à charge exposta no congresso, sugerindo que a polícia pratica o genocídio contra população negra, todos consideraram perigosa a generalização, mesmo porque a maioria dos policiais é negra(preta) também. O deputado federal Joseíldo Ramos foi criticado pela bancada do programa por fomentar essa visão negativa das forças de segurança.
Por Paulo Dias com a colaboração de Caio Pimenta para o News Infoco