Osvaldinho da Cajá(PV) foi eleito vereador de Inhambupe em 2016. Inicialmente na base do governo, se desentendeu com o gestor municipal e anunciou que faria um mandato independente. Numa reviravolta em seu posicionamento, aceitou no último dia 18 de maio o cargo de secretário municipal de agricultura e meio ambiente na gestão Nena. Com a mudança optou por uma redução salarial de 1.800 reais. Como vereador ganhava R$6.800, como secretario passaria a ganhar R$5.000 reais.

A decisão de trocar o mandato parlamentar pelo cargo na administração municipal também revoltou seus eleitores, a quem o acusou de traição.

Porém a aventura não durou muito tempo. Na última quarta-feira(30) Osvaldinho da Caja foi exonerado pelo prefeito de Inhambupe e assim vai retornar ao seu mandato de vereador após passar menos 15 dias no cargo de secretário. A volta de Osvaldinho à Câmara levantou várias suspeitas.

A primeira delas, é que o prefeito Nena decidiu pela volta de Osvaldinho à Câmara para que ele votasse o projeto de lei que tramita na Casa Legislativa Municipal e que promove cortes nos salários dos professores. É muito provável que essa PL seja apreciada na próxima sessão legislativa, marcada para esta terça-feira(05), as 18 horas. O projeto é impopular e a gestão municipal tem encontrado dificuldades em obter o quórum mínimo para a sua aprovação. Nessa hipótese, o suplente de Osvaldinho, o professor Ednilson Batista(PROS), estaria reticente em votar contra o desejo de sua categoria, os professores. O vereador Osvaldinho ainda não se pronunciou publicamente se é favorável ou não ao projeto.

Nos bastidores também circula a informação de que o vereador decidiu ouvir seus eleitores, que criticaram sua decisão de aceitar o convite de Nena e ocupar a cadeira de secretário. Essa seria uma maneira de Osvaldinho da Cajá fazer as pazes com sua base eleitoral.

Seja por um motivo ou por outro, a verdade é que a passagem meteórica de Osvaldinho da Cajá pela secretaria municipal de agricultura e meio ambiente de Inhambupe é no mínimo estranha.

Por Alex Almeida para o News Infoco