Menos de 24 horas após a publicação de meu artigo sobre a votação do deputado Sérgio Brito(PSD) em Alagoinhas ( leia aqui ), e a consequente repercussão de minha análise, o presidente da Câmara de Vereadores, Cleto da Banana, principal articulador da campanha do deputado na cidade, teima em não querer aceitar a realidade dos fatos e já foi visto dando demonstrações de irritabilidade diante de questionamentos de sua capacidade de captação de votos, mesmo quando lhe foi fornecida uma grandiosa estrutura de trabalho como foi observada neste pleito eleitoral.

Para receber seus míseros 3801 votos em Alagoinhas, Sérgio Brito desembolsou milhões em emendas para o município, além de outros valores incalculáveis para o “esforço de campanha”. Montou três comitês, contratou cabos eleitorais, enfim, desembolsou e investiu para que Cleto capitaneasse a sua campanha. Com toda essa “moral”, Cleto reuniu um grupo formado por vereadores, ex-vereadores, lideranças de bairro e até integrantes da imprensa local, muitos até a “peso de ouro”. Nada disso foi suficiente para dar uma grande margem de votos a Sérgio Brito.

Com um volume de campanha muito menor o deputado Dal, apoiado no municipio exclusivamente pelo vereador Juracy, obteve  2914 votos. Outro com uma campanha modesta na cidade, o deputado Márcio Marinho, apoiado por Roberto Torres e Djalma Santos, obteve 3087 votos e Claudio Cajado, onde o secretário Gustavo Carmo encampou sua camapanha nos últimos 15 dias da disputa, obteve 3521 votos. Isso sem contar a votação de Luma Menezes que ultrapassou os 6000 votos , apoiada em uma estrutura de campanha frágil, e os dois mais votados no município, Joseildo Ramos e Paulo Azi, que obtiveram 18481 votos e 6271 votos respectivamente, e também não tiveram lá tantos gastos como se viu na campanha de Sérgio Brito. Se em linhas gerais a votação de Sérgio Brito pode ser lida como “normal”, em termos proporcionais, diante do investimento observado, foi um desastre retumbante.

Voltei a comentar isso hoje pela manhã no programa Primeira Mão, da rádio Ouro Negro 100,5 FM/rádio web 2 de Julho e minha análise foi corroborada pelas opiniões dos experientes Chico Reis, ex-prefeito de Alagoinhas, e José Gomes, ex-vereador da cidade. É evidente que o desgaste da imagem do presidente da pior composição de Câmara da história de Alagoinhas(Cleto da Banana) contribuiu para votação pífia de Sergio Brito em Alagoinhas.

Suas ações enquanto gestor, condenáveis do ponto de vista moral pela sociedade, o levam para o fosso politico local, onde nem o dinheiro resolve. E neste caso não serão “matérias pagas”, verdadeiras “missas encomendadas”, que farão mudar esta realidade. Só uma grande mudança de postura.

O vereador Cleto da Banana deve desculpas públicas à população alagoinhense por todo o processo de votação vergonhoso do código tributário municipal. O vereador Cleto da Banana deve desculpas públicas à Força Empresarial pela divulgação de uma nota de repúdio contra lideres das entidades. O vereador Cleto da Banana deve desculpas públicas ao cidadão alagoinhense por permitir que a assessoria jurídica da Casa fosse utilizada para mover processos, que estão sendo rejeitados pela Justiça, contra pessoas que lutaram pela instalação de uma fábrica do município.

Em suma, Cleto da Banana precisa entender que a Câmara de Vereadores não é uma quitanda onde ele costumava vender seus produtos, antes de assumir o cargo que ocupa. A Câmara de Vereadores é uma Casa que deve ser respeitada e se dar ao respeito.

Não serão chiliques que irão mudar a realidade dos fatos Cleto da Banana, mas sim trabalho, humildade e honestidade.

Escrito por Caio Pimenta, advogado, âncora do programa Primeira Mão, da radio Ouro Negro 100,5 FM. Ele também escreve sua coluna no site News Infoco, do qual é editor- chefe e dirige a radio web 2 de julho.