O radialista Haroldo Azi afirmou na manhã desta quarta-feira, durante o programa que apresenta na rádio 95,7 FM, que a prefeitura de Alagoinhas não conseguirá autorização do legislativo para contrair um empréstimo de 35 milhões junto à Caixa.
De acordo com a prefeitura, o empréstimo é necessário para a realização de obras de requalificação, pavimentação, drenagem e construção de equipamentos de lazer na sede do município. As obras contemplarão 57 ruas das localidades do Barreiro, Vila Marçal, Cruzeiro dos Montes, Jardim Petrolar, Baixa da Candeia, Rua do Catu, Alto da Cruz, Vale de Santa Terezinha, Centro, Santa Maria e Mangalô, totalizando 89.277,62 m² de pavimentação asfáltica e implantação de 8.301,95 m de rede de drenagem. A solicitação do empréstimo também contempla a construção de uma praça no Largo do Barreiro com equipamentos de lazer.
O radialista declarou que vereadores da base estariam tendo dificuldades para obter apoio da população, inclusive em áreas que seriam beneficiadas pelas obras, e com as próximas eleições batendo na porta, não estariam disposto a enfrentar esse desgaste. Uma fonte, segundo o radialista, teria confirmado essa informação. ‘O Governo não conseguirá autorização da Câmara de Alagoinhas para contrair empréstimo de 35 milhões’, afirmou Haroldo.
Apesar de teoricamente ter maioria na Câmara, o governo Joaquim Neto tem tido dificuldades para convencer as comunidades sobre a real necessidade do empréstimo e a capacidade da prefeitura de pagar os juros e as parcelas da dívida sem comprometer os orçamentos futuros. No dia de ontem, a União das Associações dos Moradores de Alagoinhas(UAMA) pediu aos vereadores que rejeitassem o pedido de empréstimo. A UAMA representa 33 associações de bairros do municipio.
O posicionamento contrário da UAMA aumentou a pressão sobre os vereadores da base. Para obter autorização do poder legislativo para contrair o empréstimo, a prefeitura necessita de 9 votos. A oposição possui 7 vereadores, caso consiga o voto contrário de pelo menos 1 vereador da base, o voto decisivo caberá ao presidente da Câmara, Roberto Torres, que nos últimos meses tem demonstrado uma certa distancia para com o executivo, fazendo inclusive algumas criticas. Muitos acreditam que Roberto Torres, caso instado a votar, rejeitará o pedido.
A situação piora para o governo, caso dois vereadores da base decidam não votar a favor do projeto, neste caso o pedido seria rejeitado prontamente. O site News Infoco em publicação anterior já havia mencionado que a oposição mira em vereadores da base que estariam descontentes com o governo( veja aqui ), estes estariam mais suscetíveis a mudar o voto.
Caso o prognóstico do radialista Haroldo Azi se concretize, essa será uma derrota retumbante para o governo Joaquim Neto.