[sg_popup id=”11418″ event=”inherit”][/sg_popup]Ontem(23) a OAB Alagoinhas promoveu um ato em frente ao fórum da Justiça do trabalho local. Segundo o órgão, em face a veiculação de ameaças a direitos sociais garantidos pela Constituição Federal e frente a possibilidade levantada de extinção da Justiça do Trabalho, a mobilização que reuniu advogados, juízes, servidores e munícipes , se faz necessária para expressar a indignação e a inconformidade de toda a sociedade.

O ato contou com a significativa participação de representantes sindicais e das magistradas Clarissa Nilo de Magaldi Sabino e Ana Carolina Gomes Vilas Boas, além da expressiva presença de advogados da região. Para a magistrada Clarissa Magaldi, não se pode ignorar tudo o que foi construído nas últimas décadas a nível de Justiça do Trabalho, instituição que têm grande relevância para as classes trabalhadora e empregadora, pois ambas se beneficiam da possibilidade de negociar, tratar e resolver seus conflitos junto à instituição. Destacou também que as empresas sérias reconhecem a importância da Justiça do Trabalho porque são conscientes da sua função social, conforme dispõe a Constituição Federal.

O Tesoureiro da OAB Alagoinhas, Dr. Paulo Ott, também reforçou que o fato de a Justiça do Trabalho ser um ramo especializado do Poder Judiciário só reforça a sua importância e garante celeridade aos processos e, por isso, na resposta do Estado aos jurisdicionados, o que é de grande importância. O advogado Adrião Barbosa também aproveitou a oportunidade para lembrar da necessidade de elevar o papel dos sindicatos na sociedade e da importância destes juntos à sociedade civil organizada. Para ele, o papel das organizações sindicais tem destaque não apenas junto aos trabalhadores, mas também para os empregadores e a Reforma Trabalhista foi um sinal de que há um nítido interesse em enfraquecê-los, o que não se pode permitir.

A Presidente da OAB Alagoinhas, a advogada Thais de Faro, lembrou que a Justiça do Trabalho não existe apenas no Brasil, mas em diversas outras grandes nações, a exemplo da Alemanha. Pensar em sua extinção é desprezar os direitos sociais e fundamentais reconhecidos internacionalmente e positivados a nível constitucional. Justificar o desmonte da Justiça do Trabalho sob argumentos econômicos agrava, mais ainda, a situação. Destacou a importância de a região de Alagoinhas mostrar a sua insatisfação com as notícias que têm sido veiculadas a esse respeito e demonstrar o seu apoio aos atos realizados com repercussão nacional.