O processo de ocupação irregular das calçadas do centro da cidade é um problema que salta diante dos nossos olhos. Obstáculos de todo o tipo, seja carrinho de mão, barracas, e outros objetos, fazem com que os pedestres utilizem as ruas da cidade, disputando com os veículos o espaço para locomoção.

Outro ponto a se destacar é a disputa entre o comércio formal e o informal. Enquanto lojistas e comerciantes, que possuem seus estabelecimentos dentro da lei, se submetem a todos os custos a ele inerente(aluguel, funcionários, impostos, etc), os vendedores informais utilizam o espaço público de forma gratuita, sem seguir as obrigatoriedades da lei, trazendo o desestimulo a quem quer investir legalmente em alguma atividade econômica.

Em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira(13) ao programa Primeira Mão, da rádio Ouro Negro 100,5 FM, o diretor da CDL de Alagoinhas, Yuri Almeida, voltou a chamar a atenção do poder público municipal diante desta problemática. De acordo com ele, diversas reuniões mostraram ao Governo Joaquim Neto os problemas enfrentados pelos comerciantes e pedestres. Ainda de acordo com o dirigente, houve nas oportunidades o compromisso da gestão municipal em transferir estes ambulantes para espaços como a Central de Abastecimento e outros pontos organizados pela prefeitura. Porém, passado alguns meses, nada ainda foi desenvolvido.

A situação é séria! Além das questões ligadas a mobilidade urbana e economia, relatos de venda de drogas por alguns traficantes travestidos de vendedores ambulantes no centro da cidade apontam também para um problema de segurança pública.

O próprio diretor da CDL disse no programa que ao se dirigir a um suposto vendedor ambulante solicitou alguns tomates para compra. O suposto vendedor de tomate, que na verdade se mostrou um traficante, perguntou-lhe então se queria tomate ou “tomate temperado” fazendo referencia a droga que estava guardado embaixo dos produtos. Ele então completamente surpreso e constrangido com a situação procurou logo se retirar.

Ainda segundo o diretor da CDL esses e outros fatos foram repassados para os órgãos de segurança pública e ao próprio governo municipal, que já tem conhecimento.

Permitir a venda de drogas, em plena luz do dia, no centro da cidade de Alagoinhas, é inaceitável e escancara os perigos a que se submete quem transita pela região.

É preciso que haja uma resposta firme e urgente não só do Governo Municipal, como também dos órgãos de segurança pública a quem cabe proteger o cidadão e fazer com que a lei seja cumprida.

Escrito por Caio Pimenta, advogado, âncora do programa Primeira Mão, da radio Ouro Negro 100,5 FM. Ele também escreve sua coluna no site News Infoco, do qual é editor- chefe e dirige a radio web 2 de julho.