O governo do presidente Jair Bolsonaro conseguiu aprovar a reforma da Previdência Social, projeto perseguido sem êxito há mais de uma década tanto pela centro-direita quanto pela centro-esquerda. Para Caio Pimenta e Paulo Ott, comentaristas do programa Primeira Mão, o que mais os impressionou foi o apoio popular, o fato de ter agradado a maioria dos políticos e as votações esmagadoras. O receio agora recai sobre os episódios ocorridos no Chile, onde um dos pontos de insatisfação popular é justamente o sistema previdenciário, no qual o ministro da Economia Paulo Guedes muito se inspirou.
Nas audiências públicas no Congresso, o ministro da Economia brasileiro foi categórico em não relacionar os dois casos. Guedes disse que o modelo Chileno funcionou bem por 20 anos, que necessitava de ajustes, não realizados no momento certo. O ponto crucial é a capitalização que realmente merece cuidados e competência em sua gestão. Paulo Ott ficou surpreso positivamente com o nível de profundidade das mudanças. Tecnicamente, os questionamentos não foram acentuados, mesmo no tocante à alteração estrutural nos benefícios e nas regras para obtê-los. Caio Pimenta enfatizou que, relativamente, a reforma demorou pouco a tramitar, cerca de 8 meses, considerando as votações em dois turnos tanto na Câmara Federal como no Senado.
Os efeitos positivos na economia como a queda do dólar e a valorização das ações na bolsa de valores, segundo Paulo Ott, mostram que os argumentos da ala favorável à mudança sinalizaram para os resultados de forma correta, isso também fez cair por terra o discurso da esquerda, que afirmava que se prejudicaria os mais pobres. Essa fatia da sociedade é que mais sofre com a crise econômica, sair dela, gerar emprego, se apresenta como expectativa de toda a sociedade, inclusive os de menor rendimento.
Veja o comentário da bancada do programa Primeira Mão sobre a aprovação da Reforma Previdenciária:
Por Paulo Dias para o News Infoco