A crise de desabastecimento provocada pela greve nacional de caminhoneiros ao longo dos últimos dez dias ganhou um novo componente. Os petroleiros deram início nesta quarta-feira (30) à paralisação da categoria por três dias em protesto contra a política de reajuste de preços adotada pela Petrobras. 

A paralisação dos petroleiros, que também tem como mote o apoio à causa dos caminhoneiros e o fim das importações de combustíveis pela Petrobras, foi mantida mesmo após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ter considerado o movimento ilegal e imposto multa diária de R$ 500 mil aos grevistas.

Em São Paulo, os trabalhadores das refinarias de Paulínia (a maior da Petrobras em capacidade de processamento), de Mauá e de São José dos Campos aderiram à paralisação. A informação é do Sindipetro (Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de SP).

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e demais entidades sindicais que apoiam a greve tentam ainda puxar os funcionários das áreas administrativas para a paralisação. As lideranças do movimento querem ainda a adesão dos frentistas de todo o País. 

O movimento ocorre justamente quando o abastecimento de combustíveis está sendo normalizado “de forma gradativa” em todo o Brasil, conforme informou hoje a Petrobras Distribuidora em nota. 

Ação do Exército contra focos remanescentes de protestos 

Esse reabastecimento dos postos de combustíveis foi possível após a liberação das rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros ao longo dos últimos nove dias. Apesar dos acordos costurados pelos governos estadual e federal em São Paulo com lideranças dos movimentos, alguns focos de protesto ainda resistem nas rodovias do estado.

Tropas do Exército foram encaminhadas nesta manhã a trechos das rodovias Régis Bittencourt e Via Dutra onde ainda há manifestações ocupando faixas. Trata-se de uma ação de convencimento para desmobilizar os caminhoneiros e escoltar os veículos para dissipar os últimos protestos no estado.

Fonte:ig