A Polícia Civil do Rio de Janeiro já apurou que o porteiro que prestou depoimento na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco não é o mesmo que conversa com o policial militar reformado Ronnie Lessa em áudio divulgado pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, informa o colunista Lauro Jardim, do Globo.
Na última semana, o Jornal Nacional revelou que um porteiro do Condomínio Vivendas da Barra anotou que Élcio Queiroz, um dos acusados de matar a vereadora, informou, no dia do crime, que visitaria a casa de número 58, de Jair Bolsonaro.
O mesmo funcionário acrescentou que interfonou à residência e conversou com alguém com a voz do “seu Jair”, que teria autorizado a entrada de Élcio no condomínio, onde também tem casa Lessa, também apontado como suspeito de envolvimento no homicídio.
Ainda conforme o depoimento, Élcio teria se dirigido à residência de número 65, de Lessa.
Ao negar a conversa do porteiro com Bolsonaro, Carlos publicizou um áudio no qual Lessa autoriza a entrada de Élcio no condomínio.
No entanto, segundo o colunista, o funcionário do condomínio que aparece no áudio não é o mesmo que depôs no caso. De acordo com a publicação, o porteiro que prestou os dois depoimentos em outubro ainda está de férias.
No último sábado (2), o presidente relembrou que estava em Brasília no dia do crime e declarou que acessou as gravações da portaria do condomínio “antes que tentassem adulterar”.