O ex-ministro Jaques Wagner (PT) voltou a reforçar o discurso de que não é pré-candidato à Presidência no lugar do ex-presidente Lula. O petista esteve em Curitiba e participou de um ato em defesa do líder petista na manhã de ontem. “Não existe plano A, B, C, Z ou Y. Apenas o plano ‘L’ de Lula candidato e Lula Presidente”, disse aos presentes. Com um megafone em mãos, o ex-governador da Bahia discursou: “Eles querem trancar a nossa esperança e o nosso sonho de prosperidade. Querem trancar a possibilidade do brasileiro, seja trabalhador braçal ou intelectual, ser respeitado e ter direito a ver seus filhos prosperarem na vida. É isso que eles estão trancando. Fisicamente é o Lula que eles estão trancando, mas o que eles querem matar na cabeça de cada brasileiro que foi a vida inteira humilhado é essa esperança. Posso ser o cara mais simples, mas tenho que ser respeitado como qualquer outro barão”.

A especulação sobre a candidatura presidencial de Wagner ganhou força após o PT aparecer melhor posicionado em recentes pesquisas de intenção de voto na corrida o Palácio do Planalto. Há um entendimento entre os petistas mais moderados que a agremiação precisa participar do processo, uma vez que são grandes as chances de Lula ter a candidatura impugnada em função da Lei da Ficha Limpa. Com isso, PSB, PP e PCdoB na Bahia já estão em alvoroço. Apesar de o governador Rui Costa (PT) ter dado inúmeros sinais de que a segunda vaga à senatoria ficará com o PSD, provavelmente  com o deputado estadual Ângelo Coronel, a base aliada ainda não está arrefecida. De olho na possibilidade de o ex-governador substituir Lula na corrida presidencial, o PP agora se articula para emplacar o deputado federal Ronaldo Carletto em sua primeira suplência como candidato ao Senado. 

De acordo com o Política Livre, isso colocaria Carletto como candidato automático, caso Wagner seja convocado pelo PT para disputar a sucessão presidencial. A outra hipótese, mais remota, é Carletto assumir como senador se Wagner, na hipótese de a eleição à Presidência ser ganha por um quadro de esquerda, virar ministro. Além dos pepistas, também estão de olho na vaga de Wagner o PSB e o PCdoB. O PSB, como já informado, quer emplacar a reeleição de Lídice. Já o PCdoB também quer a majoritária, mas aceita ser suplente do petista. Nesse cenário, ganha força o nome de Davidson Magalhães (PCdoB) para ficar com a vaga – já que Alice Portugal (PCdoB) e Daniel Almeida (PCdoB) devem se lançar para a Câmara Federal.

Por HenriqueBrinco
Fonte:Trbn