Há coisas que vemos e presenciamos no dia-a-dia que é de se indignar. Como pode o poder público se rebaixar ao ponto de não fazer cumprir uma Lei que ela mesmo estabelece?! Me refiro especificamente a Lei dos 15 minutos.
A tal Lei exige que o cliente seja atendido nas agencias bancárias em no máximo 15 minutos.
Talvez o caro leitor possa dizer que isso é um costume, que nas três esferas(federal, estadual e municipal) existem leis que regulamentam as atividades dos bancos e que não a fazem cumprir. Mas convenhamos, há diferença. O Brasil tem um território de geografia continental, por consequência de difícil fiscalização; o estado da Bahia, mesmo em menor proporção, é maior que muitos países do mundo, e é responsável por 413 municípios. Agora, numa cidade do tamanho de Alagoinhas, em que a Prefeitura fica a poucos passos dos bancos da cidade, não aplicar a Lei dos 15 Minutos é uma vergonha!
O governo municipal se apequena e permite que a população sofra os mais variados desconfortos para cumprir suas obrigações. As pessoas utilizam o banco para pagar suas contas, inclusive IPTU, a que é de interesse da própria prefeitura, pedir empréstimos para fazer crescer os seus negocios ou mesmo pagar dívidas, etc.
O governo municipal permite que um simples ato(sacar dinheiro) seja uma experiencia terrivel. É negligente! Tem a obrigação de fazer cumprir uma lei que ela própria sancionou e não faz!
As desculpas são muitas. “Nós não temos efetivo suficiente para fiscalizar os bancos”, “Nós reclamamos, mas os bancos não atendem”, ‘Recorrer a justiça demora e é custoso”. Conversa fiada.
Uma ação tão complexa como a remoção de camelôs e feirantes do centro da cidade foi feita pela gestão Joaquim Neto em poucos meses. Mas por que com os bancos há tanta dificuldade?!
Por que para remover camelôs, gente de baixa classe, que ocupava irregularmente espaços da cidade, se arranjou fiscal, efetivo, e para fazer com que os bancos cumpram uma lei, não tem?!
Será medo dos poderosos?! Será a impossibilidade e a incapacidade de fazer com que os que mais lucram, obedeçam as determinações legais impostas pela esfera municipal?! Ou será comodismo, negligencia e ineficiência?! Alguma dessas hipóteses ocorre em Alagoinhas.
Não é possível que convivamos em uma sociedade em que a lei vale para uns e para outros não. Que a lei só é aplicada para os que nada tem, e que para os abastados não.
Que espécie de gestão é essa que não consegue aplicar a lei em instituições que estão a poucos metros de seus narizes e que maltratam aqueles que os elegeram!
Assim não dá.