Dedicada à elaboração do Plano de Aplicação de Recursos referente ao Ciclo 2 da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), foi iniciada nesta terça-feira, 05, no Espaço Colaborar, a escuta pública para o processo de participação social sobre aplicação desses recursos em Alagoinhas. O objetivo é garantir que o plano de aplicação reflita as necessidades e prioridades culturais locais.

O encontro, promovido pela Prefeitura de Alagoinhas por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo (Secet), trouxe artistas, produtores culturais e a comunidade em geral para dar sequência à elaboração de políticas públicas mais inclusivas, representativas e eficazes. Durante a escuta, foram abordados temas como fomento à cultura, editais, formações, inclusão, entre outros. A atividade foi dividida em segmentos – nesse primeiro momento com o tema produção cultura e comunicação, artes visuais e artesanato.

A diretora de Cultura, Maria Tereza Costa de Castro, destacou a importância deste processo participativo. “Estamos aqui para democratizar a forma de como o recurso será aplicado, porque esse recurso será distribuído. De acordo com as linguagens culturais, está sendo debatida e junto com os artistas, o Conselho Municipal de Cultural, os produtores. Esse momento é previsto em lei, e ele democratiza o processo, além de buscar fomento à cultura”, diz Maria Tereza, reforçando que quem conhece as necessidades do setor são os próprios trabalhadores e trabalhadoras da cultura.

Dandara Ornelas, assistente social e agente cultural que se fez presente durante o processo de escuta pública, enfatizou que a ação ajuda a alinhar as necessidades da classe com o que é desenvolvido pelo setor público. “Esse é um momento muito importante porque a secretaria propicia que os agentes culturais, as pessoas que trabalham nessa cadeia do setor cultural, possam expressar suas necessidades, demandas, sugestões e opiniões. É importante que isso seja recorrente, porque assim vamos conseguir alinhar o que pensa o poder público e o que vivem as pessoas que estão nesse movimento”, explicou.

O artista independente Jamilson Moura, mais conhecido como Nino Moura, avaliou positivamente o resultado da iniciativa. “Acho incrível e parabenizo. Espero que não só nesse projeto, mas em outros que virão, sempre haja essa escuta porque, para mim como artista independente da cidade, é muito importante para gente desenvolver, conhecer os nossos espaços e trabalharmos nessa parceria, nessa rede”, falou.

As escutas públicas continuam até o final da semana ouvindo as categorias cultura popular e identitária, música, artes cênicas, literatura e artes. As propostas coletadas serão incluídas no plano de aplicação do recurso que vai ser encaminhado pra o Ministério da Cultura e, então, começa a elaboração dos editais no município.

Foto: André Dallagnol