O presidente da Câmara Municipal de Alagoinhas, Roberto Torres(PRB), decidiu não colocar em votação na sessão de hoje(18), o projeto que autorizaria a prefeitura de Alagoinhas contrair um empréstimo de 35 milhões, o chamado projeto FINISA. Essa é a última sessão antes do recesso junino. A não apreciação do projeto na sessão desta terça-feira praticamente acaba com as possibilidades da administração municipal contrair o empréstimo em tempo hábil, já que o prazo estipulado pelo banco era até o final deste mês.

A bancada situacionista, que se preparava para aprovar o projeto, não escondeu o descontentamento com a postura do presidente da Câmara que faz parte do governo, tendo inclusive indicado o atual secretário de serviços públicos. Nos bastidores o ato foi visto como uma traição, já que os seus efeitos seriam o mesmo caso o projeto fosse arquivado, ou mesmo derrotado em plenário.

De acordo com a prefeitura, o empréstimo é necessário para a realização de obras de requalificação, pavimentação, drenagem e construção de equipamentos de lazer na sede do município. As obras contemplarão 57 ruas das localidades do Barreiro, Vila Marçal, Cruzeiro dos Montes, Jardim Petrolar, Baixa da Candeia, Rua do Catu, Alto da Cruz, Vale de Santa Terezinha, Centro, Santa Maria e Mangalô, totalizando 89.277,62 m² de pavimentação asfáltica e implantação de 8.301,95 m de rede de drenagem. A solicitação do empréstimo também contempla a construção de uma praça no Largo do Barreiro com equipamentos de lazer. Cidades vizinhas como Inhambupe e Camaçari tiveram autorização das Casas Legislativas Municipais para requisição do empréstimo.

Em conversa com o News Infoco, o prefeito Joaquim Neto, embora triste com o resultado disse que não irá desistir. ‘Estão politizando a discussão do empréstimo. Camaçari teve autorização para pegar um empréstimo de 300 milhões, Inhambupe 4 milhões, mas aqui não autorizam. Criam dificuldades’.

O prefeito disse ainda que se reunirá com os vereadores da base para discutir o que pode ser feito. A convocação para uma sessão extraordinária para votação do projeto em pleno recesso junino não estar descartado.

Por Caio Pimenta para o News Infoco