Dois dos organizadores dos atos de 7 de setembro que tiveram prisão preventiva decretada por ordem do ministro Alexandre de Moraes continuarão foragidos da Justiça. É o que garante Levi de Andrade, o advogado de Marcos Antônio Pereira Gomes, o caminhoneiro conhecido como Zé Trovão e do blogueiro Oswaldo Eustáquio.
“Não sabemos saber qual a razão dessas prisões, não tivemos até agora acesso aos autos. O excelentíssimo senhor ministro não concede essa oportunidade. Enquanto não tivermos acesso, meus clientes ficarão em lugar seguro”, justifica Andrade.
A decisão ocorre em um momento em que a tensão se mantém alta em Brasília após as manifestações do Dia da Independência, em que o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não cumprirá ordens judiciais determinadas por Alexandre de Moraes e o xingou de “canalha”.
Zé Trovão chegou declarar, em entrevista exclusiva a VEJA, na véspera do feriado, que participaria das manifestações e se entregaria à Justiça no meio do povo, o que acabou não ocorrendo. Na manhã desta quarta-feira, ele gravou um vídeo em que exorta os manifestantes a comparecerem ao Senado Federal para que seja entregue um pedido de impeachment dos 11 ministros da corte.
Já Oswaldo Eustáquio teve a prisão preventiva decretada, pela quarta vez, no dia 7, após participar de uma live sobre as manifestações e, assim, descumprir uma ordem prévia do STF de se manter afastado das redes sociais. “Enquanto não tiver acesso [aos autos] não posso pedir para meu cliente se apresentar. Se apresentar para quem?”, questiona Andrade.