“Vencemos esta batalha”. Essa frase dita por uma professora presente na sessão legislativa ocorrida nesta terça-feira(05) na Câmara Municipal de Inhambupe, expressa o sentimento de toda uma categoria que vem lutando a meses contra o desejo da administração municipal de diminuir os seus vencimentos.
Logo pelas primeiras horas do dia, professores se aglomeravam em frente à Câmara Municipal numa tentativa de impedir alguma manobra da prefeitura, como a antecipação da sessão legislativa, para pegar a categoria de surpresa e aprovar o projeto. Por outro lado, ônibus eram preparados para o transporte de professores, alunos e pais de alunos de distritos e povoados do município que desejassem assistir à sessão que estava prevista para ocorrer no inicio da noite.
Nas ruas da cidade já circulavam a informação de que a gestão Nena teria os votos necessários para aprovação da PL, noticia fortalecida pela volta de Osvaldinho da Caja, até então secretário municipal, ao cargo de vereador para reforçar os votos favoráveis ao governo. Porém os professores não se deixaram abater.
Na sessão, como era esperado, a presença maciça de professores e simpatizantes fizeram da Câmara Municipal o palco da cidadania. E numa decisão surpreendente, a maioria dos vereadores decidiu pela rejeição do projeto de lei, sepultando, pelo menos por enquanto, o desejo da prefeitura em promover cortes nos salários dos educadores.
Votaram a favor do projeto de lei os seguintes vereadores: Osvaldinho da Caja, Keu da saúde, Eliezer da Farinha, Zé de Dite, Eres do Formoso e Ego da Cajá.
Cabe retratar a manifestação dos presentes na hora do vereador Osvaldinho da Caja pronunciar seu voto. Em sinal de protesto, todos os presentes viraram as costas para o vereador. Já o Ego da Caja foi chamado de traidor, pois em ocasiões anteriores havia prometido à categoria que votaria contra o projeto.
Votaram contra o projeto de lei de iniciativa da gestão municipal os seguintes vereadores: Pai Uelson, Edilson Rocha, Humberto, Irmão Gleibson, Inha da Lagoa, Dai e o presidente da Câmara Jeovan de Zezitinho.
Por 7 votos a 6 o projeto de lei foi rejeitado.
Por Alex Almeida para o News Infoco