PSOL anuncia que recorrerá ao STF contra decisão que derrubou decretos do IOF no CongressoPSOL anuncia que recorrerá ao STF contra decisão que derrubou decretos do IOF no CongressoPSOL anuncia que recorrerá ao STF contra decisão que derrubou decretos do IOF no Congresso

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O PSOL anunciou nesta sexta-feira (27) que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a decisão do Congresso Nacional que suspendeu dois decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) comunicou a ação pelas redes sociais, antecipando um debate que já ocorria dentro do governo. As informações são do jornal O Globo.

Segundo matéria do InfoMoney, o próximo passo do governo após a anulação tem dividido o Planalto. Uma ala defende a judicialização, enquanto outra alerta para o risco da ação agravar a relação entre Executivo e Legislativo. O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), um dos vice-líderes do governo na Câmara, por exemplo, classificou o acionamento do Judiciário como a “pior escolha”. “Certa ou errada, a decisão do Congresso é legítima. Judicializar conflitos fragiliza as instituições”, afirmou.

Apesar dos apelos por moderação, setores da base defendem que haja um enfrentamento mais direto. Logo após o término da votação que derrubou os decretos, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), criticou a decisão, classificando-a como inconstitucional. “Estão tirando R$ 12 bilhões do orçamento, e isso demonstra o medo que eles têm do Lula. Ficam pautando tudo com base na eleição.”

Com um rombo estimado em R$ 12 bilhões, governistas alertam para a necessidade urgente de alternativas para recompor a receita. A judicialização é vista como uma possibilidade para evitar esse impacto.

Mesmo com a derrota ampla no Congresso, membros do governo seguem afirmando que o tema ainda não foi definido. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), por exemplo, afirmou que a judicialização está no radar, enquanto o titular da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse que a decisão ainda não foi tomada.

Em comunicado, a AGU informou que “não há qualquer decisão tomada” e que as questões jurídicas serão tratadas tecnicamente após avaliação da equipe econômica. Eventuais desdobramentos jurídicos serão comunicados exclusivamente pelo Advogado-Geral.

Nos bastidores, auxiliares do governo apontam que o episódio expôs o enfraquecimento da articulação política, e que uma judicialização poderia resultar em nova derrota.

Bahia.Ba