Queda de arrecadação da prefeitura e atraso de aluguéis de pontos comerciais escancaram a falta de vendas do comércio de Alagoinhas

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Um comércio, antes pujante, hoje está na UTI. Esta é a verdadeira realidade de Alagoinhas. Vários setores comerciais da cidade foram fortemente afetados pelas politicas de isolamento implementadas em Alagoinhas pelos governos municipal e estadual. O índice de queda de vendas giram em torno de 30 a 60% e comerciantes do município estão preocupadíssimos com o fechamento do comércio decretado pelo governador.

O índice na queda de vendas, as vezes contestadas por defensores das medidas de restrição ao comércio que alegam que o comércio vive lotado, é facilmente comprovado. Ruas cheias, não é sinônimo de vendas. A queda das vendagens é explicitada na queda de arrecadação do município, não só com ISS, mas também com a parcela do ICMS ao qual tem direito. As perdas foram elencadas pelo prefeito de Alagoinhas, Joaquim Neto, em entrevista ao programa Primeira Mão. Na oportunidade o prefeito falou em uma queda de aproximadamente R$ 17 milhões. Dinheiro que tem feito falta para o pagamento de terceirizados, que volta e meia tem paralisado suas atividades no município.

Outro fato que virou costume desde o inicio da politica de isolamento são os atrasos dos aluguéis dos pontos comerciais do centro da cidade. Donos dos imóveis tem dado até 30% de desconto para quem pagar em dia, e nem isso tem sido suficiente para acabar com a inadimplência. Outros, simplesmente entregaram os pontos comerciais por não suportarem a queda nas vendas.

As demissões também vieram. Mais de 700 pessoas já foram demitidas, segundo Benedito Vieira, presidente do Sicomércio. Outros comerciantes, sem dinheiro se quer para pagar as verbas indenizatórias de uma demissão, decidiram aderir ao programa de redução de jornada do governo federal, na esperança de que a situação mude.

Apesar das solicitações da classe, governo do estado e prefeitura não aceitaram a suspensão para o pagamento de tributos e o acesso ao crédito nos bancos, devido a burocracia, ainda não chegou para muitos. A partir daí as dividas com os fornecedores começam a aumentar.

Diante da realidade do comércio de Alagoinhas, a decretação do seu fechamento por 1 semana na cidade tem sido para muitos empresários motivo de preocupação. A tendencia é que a situação, que já é preocupante, fique ainda pior.

Por Caio Pimenta para o News Infoco