Uma atitude de parte dos vereadores que compõem a base do governo Joaquim Neto causou estranheza na população e ascendeu a luz amarela dos articuladores políticos da gestão municipal. 7 dos 12 vereadores que se declaram governistas tentaram obstruir a votação de 3 projetos oriundos do executivo na sessão legislativa da última terça-feira(29)
Os 3 projetos de lei tratavam de abertura de crédito adicional no orçamento para a SMTT, SEMAS e CAF. Um no valor de R$71.000,00, outro no valor de R$82.000,00 e outro no valor de R$400.000,00.
Aberturas de créditos adicionais no orçamento são normais em todos os governos. De forma simples, o crédito adicional nada mais é do que uma suplementação orçamentária que tem por objetivo atender despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual(LOA).
Porém em um ato de “rebelião”, como classificou alguns governistas, os vereadores Anderson Baqueiro(SD), Bebé(PTC), Gode(PR), Raimunda Florêncio(PSD), Cleto da Banana(PTC), Caio Ramos(REDE) e Duy do Frango(PMN) se negaram a votar os 3 projetos e, embora estivessem nas dependências da Câmara Municipal, não compareceram à sessão a fim de inviabilizar a votação dos projetos.
Porém, numa atitude tão surpreendente quanto a medida tomada por estes vereadores, a bancada de oposição e a bancada independente decidiram votar favorável ao projeto do executivo. Com isso votaram com o governo: pela base governista, Luciano Almeida(DEM), Juraci Nascimento(DEM), Jorge da Farinha(DEM), Roberto Torres(DEM) e Ozeas Menezes(PRP); pela bancada de oposição, Luciano Sérgio(PT) e Thor de Ninha(PT); e pela bancada independente os vereadores João Henrique Paolilo(Podemos) e Pastor Lins(PPL). O vereador Darlan(PRP) esteve ausente, porém com falta justificada.
Racha no governo?
A base de apoio do governo Joaquim Neto mostrou que não está unida. Segundo apurou o News Infoco existe um “ciúme” entre vereadores da base ligados ao deputado Paulo Azi e os vereadores da base que na campanha apoiaram a candidata Sônia Fontes e Radiovaldo Costa e depois migraram para a base do prefeito Joaquim Neto.
Os vereadores que apoiaram Sonia Fontes (Anderson Baqueiro, Bebé, Gode, Raimunda Florêncio, Cleto da Banana e Duy do Frango) e Caio Ramos, que apoiou Radiovaldo Costa, mas passou boa parte da gestão Paulo Cezar na base governista, estariam descontentes com tratamento diferenciado dado pela gestão municipal aqueles vereadores que marcharam com Joaquim Neto desde a campanha (Luciano Almeida, Juraci Nascimento, Jorge da Farinha, Roberto Torres, Ozeas Menezes e Darlan Lucena).
Nos bastidores, reclamam que o prefeito não atende seus pedidos e nem ajuda nos projetos idealizados pelos mesmos. Muitas promessas feitas por estes vereadores necessitam de apoio da gestão municipal que estaria lhes negando ou dificultando este apoio.
O outro lado da Base
Governistas ficaram irritados com o ato dos 7 vereadores que não compareceram à sessão. Os acusam de traição e de tentar coagir o prefeito Joaquim Neto a atender seus pedidos, muitos deles, nada republicanos, afirmaram ao News Infoco.
Os créditos adicionais aprovados na sessão, segundo os mesmos, era de suma importância para o governo e para a população e acusam os vereadores que não compareceram à sessão de colocarem os seus interesses pessoais acima dos da população
A base rebelada
Ao News Infoco, alguns vereadores da base disseram que não ouve intenção de aplicar uma derrota ao governo. Pelo menos um vereador se justificou dizendo que esperava que os projetos fossem melhor discutidos.
Conforme apurou o site News Infoco, estes vereadores estariam irritados com algumas declarações de pessoas ligadas ao prefeito Joaquim Neto e setores da imprensa que estariam promovendo “uma ação orquestrada pela gestão Joaquim Neto que visa colocar a opinião pública contra os vereadores que não compareceram à sessão”.
O News Infoco tentou contato com o prefeito Joaquim Neto, mas até o momento não obteve retorno.
Por Caio Pimenta para o News Infoco