Rodoviários da Viação Cidade das Águas, em greve há mais de 1 mês, montaram acampamento agora a pouco em frente a casa do prefeito de Alagoinhas, Joaquim Neto(PSD). Em matéria publicada no dia 26 de abril, o site News Infoco já trazia a tona a intenção dos grevistas para a realização do ato, após todas as tentativas de acordo com a empresa terem naufragado.( VEJA AQUI )
Esses trabalhadores estão sem receber os salários referentes aos do mês de janeiro, fevereiro e março, além de metade do salário referente ao mês de dezembro de 2020. O valor referente ao ticket alimentação também não está sendo pago. Várias reuniões foram realizadas, inclusive com a intermediação do ministério público do trabalho, mas o empresário não aceitou nenhuma das propostas para formalização de um acordo.
Em entrevista ao programa Primeira Mão, da rádio Ouro Negro 100,5 FM, o diretor sindical, Gil Alagoinhas, chegou a afirmar que o empresário Raimundo Stélio, dono da empresa, estaria falido e que sua empresa não tinha condições do continuar no sistema de transporte urbano. Paralelo a isso, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Alagoinhas(SMTT) iniciou um inquérito administrativo para apurar as denuncias de fraude a licitação que pairam sobre a empresa Viação Cidade das Águas.
Diante das fortes denuncias de fraude no processo licitatória, e vendo como muito distante a possibilidade da empresa pagar os débitos trabalhistas, o sindicato passou a pressionar o gestor municipal a decretar a caducidade do contrato da Viação Cidade das Águas, o que permitiria que outra empresa assumisse as linhas e pagasse em dias o trabalhador.
Com a falta de resposta do prefeito, os rodoviários decidiram então acampar na porta do gestor. Alguns grevistas, em contato com o News Infoco, também revelaram a intenção de paralisar todo o sistema de transporte de ônibus nos próximos dias, atingindo também a ATP, que não tem débitos trabalhistas com os seus funcionários.
O site News Infoco tentou contato com o diretor sindical, Gil Alagoinhas, mas até o momento não obteve retorno.
Por Caio Pimenta para o News Infoco