[sg_popup id=”11418″ event=”inherit”][/sg_popup]Além de ter convidado o MDB para um encontro para lá de íntimo no Palácio de Ondina, a fim de avaliar as chances de o partido apoiar a pré-candidata petista Major Denice Santiago, o governador Rui Costa (PT) chamou para conversas, em café da manhã e jantar, no Palácio de Ondina, nos últimos dias, dois partidos de sua base que sinalizam apoio ao pré-candidato do prefeito ACM Neto (DEM), Bruno Reis.
Um dos primeiros convivas foi o deputado federal Félix Mendonça Jr., presidente regional do PDT, partido que namora há meses com o democrata. No encontro, Rui deixou claro que não aceitará que as legendas mantenham os pés em duas canoas – na do governo e na da Prefeitura. Em outras palavras, se decidirem marchar com Bruno, os partidos terão que deixar o governo, abrindo mão de todos os cargos que possuem.
Dizendo-se amigo do líder do PDT, Rui teria afirmado, no entanto, que, no caso de o partido apoiar Bruno, só poderia manter na gestão a irmã de Félix Jr., Andrea Mendonça, que hoje comanda a Juceb (Junta Comercial da Bahia). O governador teria dado um alerta ao dirigente pedetista, no caso de ele seguir novos rumos. Disse que Félix Jr. deveria abrir o olho porque lhe parecia muito claro que havia um plano para tirar-lhe o PDT das mãos.
Rui se referiu, neste ponto, nominalmente, ao atual secretário municipal de Saúde, Léo Prates, aliado do prefeito de Salvador que filiou-se ao PDT para tentar, primeiro, ser candidato a vice de Bruno, mas depois, picado pela chamada ‘mosca azul’, acabou achando que poderia atropelar o democrata e se tornar ele próprio o nome de ACM Neto à sucessão municipal. “Você não está vendo isso?”, teria dito o governador a Félix Jr, aludindo a Prates.
Outro que foi recebido pelo governador com pompa e circunstância foi o deputado federal Abílio Santana, presidente do PL em Salvador, que ganhou um jantar na residência oficial de Ondina para tratar da sucessão municipal. Rui queria ouvi-lo sobre a perspectiva de o partido consumar a saída da base para apoiar Bruno e Átila não lhe deu esperanças melhores, lembrando que segue as diretrizes do presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto.
No encontro, o primeiro de Abílio – um deputado inexpressivo do baixo clero cuja referência são discursos apaixonados em defesa da moral e dos bons costumes -, com Rui em Ondina, o petista repetiu que apreciava o apoio do PL, mas não poderia fazer muito, senão deixá-lo ir, no caso de a decisão ser pelo apoio ao pré-candidato do prefeito. Abílio deixou a residência oficial com os olhos brilhando com o ‘luxo’ de Ondina e a qualidade da comida e da bebida.
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