Boas notícias para a área de assistência às pessoas que sofrem com problemas de saúde mental e dependência química em Alagoinhas. O secretário de saúde do município, Antônio Virgínio, em entrevista concedida ao programa Primeira Mão, da rádio Ouro Negro 100.5 FM, anunciou que Alagoinhas receberá do Governo Federal uma unidade do CAPS AD – Centro de Atenção Psicossocial destinado aos adictos em álcool e droga. Está em final de tramitação também um centro para tratamento de pessoas com espectro autista e será construída uma sede para abrigar a unidade do CAPS já existente.
Duas novas unidade da Saúde da Família também estão para ser construídas, uma na localidade da Calú e outra no 2 de Julho. A meta, de acordo com o secretário, é atingir 100% de cobertura em quatro anos. Um patamar arrojado já que o Ministério da Saúde reduziu o âmbito de atendimento por UBS de 4500 pessoas/equipe para 3 mil pessoas/equipe.
Ainda durante entrevista realizada na última segunda-feira, 17, Virgínio esclareceu que estão sendo adotadas as medidas apropriadas para resolver a questão da falta de médicos e de medicamentos na rede municipal. Segundo o secretário, a descontinuidade ocorreu pela mudança de governo, muito em função das despesas de um ano não poderem ser quitadas no exercício posterior.
Tudo está sendo realizado dentro do processo normativo, as licitações e as dispensas de licitações, segundo o secretário. Ele destacou que a rede municipal de saúde hoje tem uma estrutura muito ampla compreendendo a baixa, média e alta complexidade. São 40 UBS em funcionamento, com uma cobertura de 50%, uma UPA e um Hospital Materno-Infantil e ainda um centro de atendimento ao trabalhador e uma policlínica municipal, duas unidades de assistência odontológica (CEOS), um Caps, uma unidade de reintegração funcional e um centro de atenção a doenças infecciosas
Além dos credenciamentos de pessoal e de laboratórios, a equipe técnica tem que cuidar de toda documentação a ser enviada para a Secretaria de Saúde do Estado e para o Ministério da Saúde para atender assistências pactuadas, bem como atividades de rotina a exemplo da vacinação e todo o trabalho das Vigilâncias Epidemiológica, Sanitária e Ambiental. Além de laboratórios para exames básicos, a Sesau busca incluir exames de ultrassonografia.
O Hospital Materno-Infantil é um exemplo da dimensão operacional a ser gerida. A unidade em termos de custos consome R$ 2,8 milhões/mês da verba da Saúde, que tem seu maior gasto com pessoal. A rede inteira de atendimento é composta por mais de 1 mil funcionários. Neste momento, Vírgínio está empenhado em realizar os convênios necessários para cobrir as despesas, considerando a realidade da nova unidade hospitalar em operação e a UPA.
Algo que tem que ser equacionado remete-se ao fato de que Alagoinhas termina servindo a toda uma região com 32 municípios. Para se ter um exemplo, estes contribuem com o Hospital Materno-Infantil com apenas R$ 180 mil/mês. Segundo o secretário, é necessário acessar recursos do estado e da união, que implica em atender a um cronograma rígido com alto grau de detalhamento. Tudo isto contando com uma excelente equipe técnica e com a colaboração do Conselho Municipal de Saúde, salientou.
Segundo Virgínio, ainda se está sofrendo com assistência farmacêutica, mas que entre 30 e 60 dias se atingirá um nível satisfatório de atendimento: “Em breve a situação estará bem melhor”, adianta.
A assistência oncológica recebeu um micro-ônibus e continua com as vans para contemplar o TFD -Tratamento Fora do Domicílio. Um ouvinte cobrou uma promessa antiga, a sala de triagem da UBS de Narandiba, que já contou com duas emendas parlamentares de Thor de Ninha, um total de R$100 mil. Virgínio garantiu que o recurso já está disponível e logo o setor de engenharia deve concluir o projeto.
Por Paulo Dias para o News Infoco