O senador Jaques Wagner (PT) não quis comentar, nesta quarta-feira (9), o movimento deflagrado pelo deputado estadual Soldado Prisco (PSC) por não reconhecer que esteja acontecendo uma greve da Polícia Militar na Bahia. Através de sua assessoria em resposta ao Política Livre, ele apenas se limitou a dizer que “referenda a declaração do governador”.
Desde terça (8), Rui tem feito duras críticas ao parlamentar ao negar a greve e afirmar que seria um movimento de um deputado só e não conta com adesão nem no interior nem na capital. Mais cedo, o petista subiu o tom e acusou, mesmo sem citar o nome de Prisco, de ser “aliado de traficante e criminoso”. O governador chegou ainda a compará-lo de “terrorista” e afirmar que a greve da PM está no “zap” e nos “grupos de zap” que Prisco organiza. Segundo o comando-geral da PM, apenas cerca de grupo de cerca de 300 PMs, em boa parte policiais da reserva, aderiram ao movimento comandado pela Associação dos Policiais Militares e seus familiares do Estado da Bahia (Aspra), que é coordenada pelo deputado estadual.
Prisco foi líder de duas greves da PM em 2012 e 2014 no Estado – fato que o colocou como principal porta-voz da categoria. Com isso, se elegeu a vereador em 2012 e logo em seguida conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia. Nas duas greves, o governador era Jaques Wagner.