A Uber encaminhou um e-mail para todos os seus clientes soteropolitanos nesta quarta-feira (28) listando o perfil do Facebook dos vereadores da capital baiana. A mensagem, acompanhada com um pedido de mobilização da empresa, foi distribuída no mesmo dia em que a Câmara Municipal de Salvador (CMS) se prepara para votar o projeto do Executivo sobre o uso de aplicativos para o serviço de transporte na cidade.
A mensagem tem tom alarmista e diz que o futuro dos aplicativos de mobilidade será decidido nesta tarde pelos vereadores. “A forma de deslocamento oferecida pelos aplicativos está sendo ameaçada por restrições inconstitucionais e burocracias excessivas que colocam em risco o funcionamento do sistema e podem ser incluídas na lei que será votada hoje”, diz trecho resumido do e-mail.
A empresa se colocou contra possíveis restrições de limite para motoristas e a proibição de placas de fora do estado da Bahia atuarem na capital. As propostas estavam na redação inicial do projeto enviado pelo Executivo ao Legislativo há um ano, mas ainda não se sabe se estarão na redação final do projeto. O texto final da proposta de regulamentação será apresentado nesta tarde no plenário. Há expectativa de uma lei liberal (veja aqui) e que obrigue a Uber a aceitar taxistas na sua plataforma (saiba mais aqui).
Contra o que chamou de “ameaça” no projeto, a empresa enviou uma lista com o perfil do Facebook dos vereadores de Salvador para os clientes com o pedido de mobilização. “Vá até as páginas dos vereadores no Facebook e diga #NãoAoRetrocesso!”, ordenou a mensagem.
O presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativo e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter-BA), Átila Santana, foi expulso da Câmara de Salvador, na manhã desta terça-feira (27), após bater boca com o vereador oposicionista Sidninho (Podemos). O sindicalista foi retirado da Casa por seguranças enquanto os edis discutiam o projeto (leia aqui). A expectativa é que o Legislativo aprecie, na tarde desta quarta-feira (28), a proposta no plenário. Ainda hoje, o texto deve ser aprovado nas comissões da Casa.