Mais uma vez, em discurso na tribuna da Câmara Municipal, o vereador Luciano Almeida (UB) criticou, na sessão ordinária desta terça-feira (25), a situação do sistema educacional da Prefeitura de Alagoinhas. O objetivo, segundo o parlamentar, foi chamar a atenção da sociedade, repudiar o governo, que considera de continuidade.
“O ano letivo começou no dia 6 de março, hoje 25 de março, crianças estão fora da sala de aula e das creches, mães e pais que poderiam deixar seus filhos nas creches, mesmo funcionado até o meio-dia, sistema implantado por Joaquim quando entrou, porque a creche é para funcionar o dia todo”, afirmou, o vereador, acrescentando que ‘hoje diversas escolas e creches não estão funcionando pela falta de pessoal de apoio”.
O vereador afirmou que não poderia se calar e que a situação das escolas e das creches é algo que vem sendo debatido ao longo de mais de oito anos na Casa e o desrespeito aos alunos e às suas famílias é constante. “Muitas crianças só têm estas refeições, os pais as levam para as escolas/creches para que elas tenham essas refeições do dia, porque quando chegam em casa não têm o que comer, pois muitas famílias não foram contempladas com o Bolsa Família ou tiveram os benefícios suspensos. Sabemos que o programa é uma forma de amenizar o sofrimento, a fome, a miséria”, alertou o parlamentar, reafirmando que seu objetivo foi apresentar à sociedade esta reflexão e repudiar a situação da educação municipal.
Segundo ele, se for para pecar, prefere que seja por excesso, do que pela omissão. “Porque não tem dinheiro para o que é prioridade, mas na semana passada, só em uma canetada, foram nomeados mais de 100 ocupantes de cargos de confiança. É errado? Não! É geração de emprego e renda? É! Mas qual deveriam ser as prioridades? Crianças nas salas de aula, contratação de funcionários de empresas terceirizadas para assumirem funções nas cozinhas das escolas e das creches, pessoal de limpeza e serviços gerais”, argumentou Luciano Almeida.
Ele também criticou a contratação de estagiários para atuarem nas salas de aula e como profissionais de apoio. “É o mesmo método de contratação do passado, com valores de menos de um salário-mínimo. Alagoinhas é uma cidade em que a arrecadação da prefeitura só cresce, então, me entristece saber que a única coisa que posso fazer é utilizar os microfones deste parlamento e minhas redes sociais para fazer estas denúncias por ver a tristeza de mães e pais porque seus filhos estão fora da sala de aula”, finalizou.
Ascom CMA