A vereadora Luma Menezes utilizou a tribuna, na sessão desta terça-feira (18), para relatar sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas 30 (COP 30), realizada em Belém do Pará. A parlamentar destacou que a conferência tem sido uma oportunidade histórica para reforçar a justiça climática e garantir que povos originários, quilombolas e populações vulneráveis tenham voz ativa nas decisões globais sobre o clima. Luma afirmou que vivenciou momentos de grande importância, especialmente debates sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas e os impactos diretos nas comunidades que dependem da pesca, da agricultura e da biodiversidade local para sobreviver.

“A COP30 é uma oportunidade para repensarmos, enquanto país, como priorizamos os debates sobre justiça climática. Presenciei manifestações de povos originários e quilombolas, e a realização da conferência no Brasil garantiu uma participação efetiva das populações mais afetadas. Participei de momentos fundamentais sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas e o quanto isso afeta diretamente comunidades que vivem daquele ecossistema, que dali tiram seu alimento, sua renda e criam seus filhos”, relatou.

A parlamentar também informou que integrou a Bancada do Clima, formada por parlamentares de todo o país, responsável por entregar ao presidente da COP30, André Corrêa, uma carta solicitando que o papel do Legislativo seja reconhecido nos documentos oficiais da conferência. Segundo ela, decisões relativas ao futuro climático do país não podem ser discutidas apenas no âmbito do Executivo ou das grandes empresas.

“Entregamos uma carta para que o papel do Legislativo fosse incluído nos documentos oficiais. O parlamento precisa ser visto como parte fundamental desse processo, porque é aqui que passam os grandes debates e as decisões sobre o futuro das cidades, dos estados e do país”, disse.

A líder da bancada de oposição também relatou a entrega de uma declaração pedindo que crianças e adolescentes sejam colocados no centro das estratégias climáticas, ressaltando que elas são o grupo mais vulnerável às consequências das mudanças do clima.

“As mudanças climáticas afetam diretamente as infâncias — na educação, na saúde, no lazer e na sua formação. Por isso entregamos uma carta pedindo que todas as estratégias climáticas coloquem as crianças no centro do debate, especialmente as que vivem em vulnerabilidade social”, afirmou.

A vereadora anunciou ainda duas ações locais que serão realizadas a partir das discussões da COP30: atividades de educação ambiental no Colégio Municipal de Alagoinhas, no próximo dia 28, e em 15 de dezembro, um debate na Câmara sobre adaptação das escolas municipais para tornarem-se ambientes mais adequados diante das mudanças climáticas.

Ao final da exposição, o líder da bancada de situação, vereador José Edésio, parabenizou a vereadora pela participação na conferência e destacou preocupações relacionadas à exploração de petróleo e à necessidade de gestão responsável para evitar impactos ambientais graves. Ele também relembrou a criação do programa “Floresta na Escola”, defendendo a importância da educação ambiental desde a infância.

“Parabenizo a vereadora Luma pela participação na COP30. Minha preocupação é com a exploração do petróleo e com a forma como esse processo é administrado, para evitar contaminação e poluição. E lembro do programa Floresta na Escola, que implantamos em Alagoinhas, porque a educação ambiental precisa começar cedo”, concluiu.

Para assistir a sessão na íntegra, clique no link: TV Câmara Alagoinhas

Ascom – Câmara Municipal de Alagoinhas

Fotos – Jhô Paz