Amigo leitor, na sexta-feira passada, durante o programa Primeira Mão, fiz uma reflexão a respeito do encontro entre os principais políticos do pais, com uma interrogação e uma exclamação.

A INTERROGAÇÃO: … resta saber em que medida esse encontro de paz, harmonia, compromisso e rasgação de seda vai durar?

A EXCLAMAÇÃO: Enfim, nós começamos a enxergar uma luz no fim do túnel. Esperamos que não seja uma miragem ou ilusão de ótica passageira!

Não durou muito essa “harmonia entre os poderes”, tão logo foi divulgado o vídeo do resultado da reunião de ministros com o presidente da república, citado pelo ex-ministro Moro, a nação pôde ver como é o comportamento de autoridades que, em tese, tem a responsabilidade de lidar com o bem público e o crescimento do país, e que demonstraram, na “MINHA VISÃO”, não estarem preparados para a missão recebida.

O Ministro da educação diz: “Eu por mim colocava esses vagabundos todos na cadeia começando pelo STF”.

A Ministra dos Direitos Humanos diz: “Governadores e prefeitos responderão a processos e nós vamos inclusive pedir a prisão de governadores e prefeitos”

O Ministro do meio ambiente diz “Nós temos a possibilidade nesse momento em que a atenção da imprensa é quase que exclusivamente pro covid (…) de ir passando a boiada e mudando o regramento ambiental e de preservação do patrimônio Histórico”.

Uma empresa privada é administrada de acordo com o interesse do dono. O Brasil possui 210 milhões de habitantes e a expectativa de que o presidente e seus auxiliares adotem políticas de crescimento que melhore a vida de uma parcela significativa de brasileiro. Brasileiros estes que sobrevivem em condições sub-humanas, embora a carga dos impostos cobrados seja uma das maiores do mundo.

Já tínhamos uma crise de saúde, uma crise econômica e uma crise política que parecia ter encontrado um meio termo, e, a partir de agora, de forma muito clara para mim, começa a se consolidar uma crise institucional sem precedentes, com um agravante: não existe plano de governo para o país como um todo e sim projetos de alguns ministros em áreas específicas.

No que vai dar isso? Só os dias que virão podem mostrar!

Por José Gomes