[sg_popup id=”11418″ event=”inherit”][/sg_popup]Quem diria… Quis DEUS que eu estivesse vivo para ver o DEM, antigo PFL, presidir a Câmara dos Deputados e o Senado simultaneamente, assim como no fim dos anos 90. O DEM deu um verdadeiro “um a zero” no velho PMDB, “um a zero” não, dois a zero, afinal foram as duas Casas. Não só isso, deram uma grande resposta ao presidente Lula e seus seguidores que afirmaram que exterminariam o DEM. Assim é a história, uma verdadeira roda gigante, quem ontem estava por cima, hoje está por baixo e amanhã tudo pode se inverter.
No mais, meus parabéns ao DEM que conseguiu se reerguer dando aos seus parlamentares uma força a mais, dentre eles o representante de Alagoinhas, dep. Paulo Azi. Se sua influencia no governo Temer foi grande(e olha quantos recursos trouxe Paulo Azi à Alagoinhas, segundo ele próprio 75 milhões), agora com dois correligionários na presidência das duas Casas Legislativas e mais um punhado de ministros, também de seu partido, no governo Bolsonaro, a tendência é que sua influencia em Brasília cresça.
Mas como é paradoxal a situação do dep. Paulo Azi. Se lá em Brasília sua influencia e seu prestigio só aumentam, em Alagoinhas a situação é inversa. A votação pífia, muito aquém do esperado nas últimas eleições, ascendeu o sinal vermelho na figura do deputado, que está visivelmente desgastada. Desgastada pela defesa que fez ao governo Temer, desgastada pela defesa a reforma trabalhista, também impopular, e à defesa a reforma da previdência do Temer, essa rechaçada pela população. Paulo Azi barganhou com Temer, defendeu seus projetos e com o seu voto o ajudou a se livrar de investigações da justiça, conseguiu 75 milhões em recursos para Alagoinhas e o resultado? Se desgastou mais ainda.
A imagem do deputado Paulo Azi, hoje, para população de Alagoinhas é de uma figura elitista, conservadora, contra os direitos trabalhistas e distante do povo. Ninguém vê o deputado Paulo Azi na feira da cidade, conversando com a população. Nem mesmo um escritório dele na cidade existe, ou se existe se desconhece sua localização, para atender, que seja um dia na semana pelo menos, seus eleitores, a população. Ao contrário, delega à cabos eleitorais, muitos deles figuras antipáticas perante o povo, o posto de intermediários. Parece querer distancia do povo. Só aparece em inaugurações de obras oriundas de suas emendas e olhe lá.
Na atual conjuntura, não tenho dúvidas, o grupo do deputado Paulo Azi não tem condições de apresentar uma candidatura viável para concorrer às eleições de 2020. Não pela capacidade e competência dos nomes que compõe seu grupo, mas pela áurea antipática que envolve seu nome. Se 75 milhões de reais em recursos para Alagoinhas não lhe renderam nem sequer 8000 votos na cidade, não será o comando das duas Casas Legislativa na mão de seus correligionários em Brasilia que lhe trará a redenção.
Há uma repulsa grande da sociedade à chamada velha politica, infelizmente com todos os equívocos e desgaste de sua imagem, o dep. Paulo Azi tem se encaixado direitinho no estigma de representante da velha politica. Há que se renovar, enquanto se tem vida, se tem tempo para mudar. O que não pode é o deputado Paulo Azi seguir assim: sendo influente em Brasilia e, parafraseando um ex-aliado do deputado, sendo um “contêiner” nas costas de quem detém seu apoio.
*Caio Pimenta é produtor do Programa Primeira Mão, da rádio 95,7 FM de Alagoinhas, além de ser editor-chefe do site News Infoco