O senador Jaques Wagner (PT), questionado nesta segunda-feira (20) sobre os nomes de grandes figuras da Bahia sendo revelados pela Operação Overclean, afirmou que é necessário “pegar os grandes tubarões” e não apenas os “bagrinhos”.

“Eu acho que toda operação policial tem que ir até o final e, principalmente, não pegar só bagrinho. Tem que pegar os grandes tubarões, que comandam a corrupção e o desvio do dinheiro público. Essa, pra mim, é a obrigação de qualquer investigação”, afirmou durante a autorização para construção de quatro Policlínicas Regionais, em evento da UPB.

“Eu não fico torcendo pra bater em fulano ou ciclano. O que eu torço é pra que não haja nenhuma ingerência política e que a Overclean vá até o final, doa a quem doer. Eu sei que tem muita gente nervosa, talvez sem dormir, mas devia ter pensado nisso antes de fazer a coisa errada”, acrescentou o petista.

PL da dosimetria

Ao ser perguntado sobre o Projeto de Lei da Dosimetria — que propõe reduzir as penas de parte dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em vez de conceder uma anistia total —, Wagner disse não saber se a proposta seguirá adiante.

“O projeto da Dosimetria nada tem a ver com os mandantes do crime. Não sei nem se vai sair, porque praticamente se parou de falar sobre o tema em Brasília. Então, eu não sei sequer se o projeto vai andar”, esclareceu o senador.

“Mas, se andar, na minha opinião, ele só é admissível para aqueles que foram, vou dizer assim, induzidos a fazer aquilo. Agora, quem comandou o espetáculo, quem arregimentou, quem bancou, quem pagou pessoas, não pode ser aliviado — tem que pagar a pena”, concluiu Jaques Wagner.

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